A possível aquisição da HubSpot pela Alphabet, empresa detentora do Google, aumentaria a sua capacidade de competir com a Microsoft.
A Alphabet, empresa detentora do Google, está a ponderar uma oferta para adquirir a HubSpot, uma empresa de software de marketing online, atualmente avaliada em 30 mil milhões de dólares.
Segundo a Reuters, o suposto acordo, que se traduziria na maior aquisição já realizada pelo Google, faz parte da estratégia da empresa para competir com a Microsoft no mercado de aplicações em nuvem.
“Parece que o Google tem aspirações de tentar obter participação de mercado da Microsoft no pacote de produtividade, podendo usar o HubSpot para agrupar aplicações para clientes”, disse Derrick Wood, analista da Cowen.
O Google é o terceiro maior provedor de serviços em nuvem, mas detém menos da metade da participação de mercado da Microsoft. Já a Amazon controla um terço do mercado.
Os relatórios sobre a potencial aquisição do Google surgiram, pela primeira vez, em abril, fazendo com que as ações da HubSpot aumentassem em até 11%.
Os dados financeiros da HubSpot continuam a melhorar, apesar de os analistas continuarem céticos quando ao enfraquecimento da procura dos seus produtos. A empresa obteve um lucro de 6 milhões de dólares no primeiro trimestre do ano, com as vendas a aumentar mais de 20% em relação ao ano anterior.
De acordo com algumas fontes, as negociações do Google com a HubSpot estão “em andamento” não tendo sido alcançado nenhum acordo até ao momento.
É certo que o Google ainda está atrasado no mercado de nuvem, mas muito mais equilibrado face à Microsoft no que diz respeito à Inteligência Artificial, uma área onde se encontra a competir com vários concorrentes da Big Tech.
Google, Microsoft, Meta e Amazon anunciaram novas aplicações e recursos importantes de IA no ano passado, além dos seus próprios chips personalizados. A diferença é que o Google lançou várias atualizações para o seu conjunto de ferramentas de IA, chamado Gemini, solidificando a sua posição como um importante player de Inteligência Artificial.
Uma semana depois do lançamento, a Microsoft fez os seus próprios anúncios sobre IA, mas enfrenta agora a pressão dos reguladores europeus. E a batalha estará para continuar.