O militar da GNR de Gondomar que matou um jovem que seguia num carro, durante uma perseguição policial, foi condenado a uma multa de 1.620 euros. Isto apesar de a juíza do Tribunal de Gondomar considerar que ele nunca teve a intenção de matar.
A sentença, divulgada pelo Jornal de Notícias, decreta ainda a condenação do Estado a pagar uma indemnização de 110 mil euros aos pais da vítima.
O militar do posto de Fânzeres, em Gondomar, estava acusado de homicídio por negligência, depois de ter atingido mortalmente, com um tiro, um dos três jovens que seguiam num carro em fuga de uma patrulha policial. O crime ocorreu em Julho de 2012.
O militar fez “quatro disparos, dois para o ar e os outros dois para o pneu do Renault Mégane em que seguiam” os jovens, conforme reforça o JN.
A juíza do Tribunal de Gondomar que conduziu o julgamento considera que o militar teve apenas intenção de atingir o pneu, não visando o jovem, mas, apesar disso, condenou-o a uma pena de multa.
O guarda Pinto, de 37 anos, e outros dois agentes do posto de Fânzeres decidiram controlar o carro onde se encontravam os três indivíduos, suspeitando de que estariam a consumir drogas. O jovem que estava ao volante decidiu então fugir, por não ter carta de condução e já ter sido apanhado antes por causa dessa infracção.
Foi na perseguição que se seguiu que o guarda atingiu José Ferreira “Crespo”, de 21 anos, que tinha acabado de sair da prisão, após cumprir pena por furto.
O condutor do carro, de 26 anos, foi condenado, nesta sexta-feira, a 15 meses de prisão com pena suspensa por condução ilegal e perigosa.
ZAP