A GNR junta-se à PSP e passa também a proibir as tatuagens racistas, machistas e extremistas de qualquer tipo. Além disso, proíbe as madeixas no cabelo, barbas e bigodes extravagantes e os piercings. Brincos só nas mulheres e se forem “discretos”.
Estas medidas resultam das alterações no Regulamento Geral do Serviço da GNR que foram publicadas em Diário da República, nesta sexta-feira, 29 de Outubro.
O anterior Regulamento vigorava desde 1985 e, portanto, estas mudanças vêm ao encontro da nova realidade social em que vivemos.
Assim, os militares da GNR podem passar a usar tatuagens visíveis, mas só abaixo da linha do cotovelo. No pescoço e na cabeça continuam proibidas.
Além disso, “são expressamente proibidos em qualquer parte do corpo os adornos e as tatuagens que ponham em causa o prestígio e a imagem da Guarda, que ponham em causa a ordem, a disciplina, a moral e a coesão e, nomeadamente, contenham símbolos, palavras ou desenhos de natureza partidária, extremista, sexista, rácica ou de incentivo à violência“, aponta ainda o novo Regulamento.
Neste âmbito, incluem-se as tatuagens que “promovam o ódio ou a intolerância racial, de género ou étnica“, bem como as que “defendam ou pratiquem a discriminação com base na raça, cor de pele, género, etnia, religião ou nacionalidade”, vinca o documento publicado em Diário da República.
Tanto militares homens como mulheres não podem usar “fios que sejam visíveis”, nem pulseiras ou anéis que ponham “em causa a discrição própria do atavio militar”.
Estão também proibidos os piercings em locais visíveis. Os homens não podem usar brincos, mas as mulheres podem, desde que sejam “brincos iguais sem pendentes, de configuração discreta”. As militares também podem usar “maquilhagem discreta”.
As unhas devem estar “cortadas, limpas e cuidadas”, mas podem ser pintadas num “único tom e discreto”.
O corte de cabelo e o talhe de barba e bigode não devem “comprometer o desempenho do serviço operacional”, mas devem “favorecer a apresentação pessoal e o atavio militar, contribuindo para a boa apresentação individual e fortalecimento da imagem da Guarda”.
Assim, o cabelo deve apresentar-se “limpo e cuidado, penteado de forma simples e discreta” e não é “permitido” o uso de madeixas. Quem pintar o cabelo, terá de o fazer em cores o mais naturais possíveis.
As militares podem usar artefactos no cabelo, como ganchos e elásticos, mas só se forem “discretos”.
Medida “Normalíssima”, se não quiserem escolham ouro trabalho !
Tanta obsessão com a intolerância de género e depois proíbem brincos nos homens ? Isso não é intolerância de género? Preocupem-se mais com a componente policial e menos com a imagem!
Quem vai avaliar a maquilhagem discreta ou os outros pontos tão ou mais subjetivos? Prevejo o surgimento de mais um tacho ou então vai andar tudo ao sabor dos caprichos do chefe.