Altos níveis de glifosato encontrados em amostras de esperma

Bomfleur et al, Biology Letters

A nova investigação encontrou evidências de impactos no ADN e uma correlação entre os níveis de glifosato e o stress oxidativo no plasma seminal.

Um novo estudo revelou que mais de 55% das amostras de esperma analisadas continham elevados níveis de glifosato, o herbicida mais comum do mundo, levantando novas questões sobre o impacto deste produto químico na saúde reprodutiva.

Segundo o The Guardian, esta nova investigação também encontrou evidências de impactos no ADN e uma correlação entre os níveis de glifosato e o stress oxidativo no plasma seminal, considerado um dos fatores mais importantes na fertilidade masculina, dado que é responsável por regular a vitalidade e a funcionalidade dos espermatozóides dos mamíferos.

“Encarados em conjunto, os nossos resultados sugerem um impacto negativo do glifosato na saúde reprodutiva humana e possivelmente na descendência”, escreveram os autores do artigo científico, publicado na Ecotoxicology and Environmental Safety.

Os níveis que os investigadores encontraram no esperma eram quatro vezes mais elevados do que no sangue. Além de “preocupante”, esta descoberta sugere que o produto químico é particularmente perigoso para os sistemas reprodutivos.

Este estudo surge num momento em que os investigadores procuram respostas para o declínio das taxas de fertilidade em todo o mundo, sendo que muitos suspeitam que a exposição a produtos químicos tóxicos, como o glifosato, é um fator significativo.

O glifosato é um herbicida não seletivo e o mais utilizado no mundo da jardinagem e controlo de ervas daninhas urbanas. Introduzido sob a marca Roundup pela Monsanto em 1974 e mais tarde adquirido pela Bayer, a sua utilização aumentou exponencialmente desde os anos 1990.

ZAP //

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