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Os gatos são especiais: lambem lágrimas, não comem quando o dono está no hospital

Ligação diferente com um animal diferente, que está no seu mundo, qual autista – mas há momentos em que deixam os humanos sem palavras.

É quase impossível um português não conhecer ninguém que tenha pelo menos um gato. Ou o próprio português tem algum gato em casa.

Há uma ligação especial com este animal. Em países como a Turquia, o gato é mesmo rei. Há respeito, há cuidado, há até admiração.

Um estudo sugere que os humanos já iniciaram esta relação com os gatos há quase 10 mil anos… As amizades especiais começaram no Chipre, aparentemente.

Uma relação próxima que até terá começado por causa dos ratos: os gatos aproximaram-se dos locais onde viviam humanos porque sabiam que havia essa comida – e os humanos também queriam gatos por perto, para comerem os ratos que destruíam os cereais.

Mas o contexto foi mudando.

Os gatos foram perdendo o medo das pessoas (quase sempre à espera de comida, sim).

As pessoas começaram a gostar daquele comportamento imprevisível, dos desafios, dos sinais subtis, do mundo quase autista, já que parece que cada gato está no seu mundo.

Também há outro possível factor: um estudo indicou que muitas pessoas acham os gatos tão “fofinhos” porque parecem bebés humanos em alguns momentos.

Energia, saúde

E depois apareceu uma ideia generalizada de uma energia diferente proveniente dos gatos, para alguns até divina, que já terá começado no antigo Egipto, lembra o Medical News Today.

Há quem acredite que, se houver energias negativas numa casa, é o gato que as assume, que fica com elas.

Há quem acredite que os gatos ficam com as doenças das pessoas – e os humanos assim ficam mais saudáveis (até psicologicamente) por terem um gato em casa. E menos sós.

A crença passou para a Ciência, pelo menos parcialmente: uma análise mostrou que uma pessoa que tem um gato em casa tem um menor risco de ataque cardíaco. Ou tem menos probabilidade de desenvolver alergias, por exemplo.

Lágrimas, hospital

Vem este artigo a propósito de duas partilhas feitas na Antena 1, na sexta-feira passada. Ambas no mesmo sentido.

Luís Osório revelou que, quando ficou doente com COVID-19, a sua gata ficou deitada ao seu lado; enquanto esteve internado no hospital, a gata deitou-se no seu lugar na cama – e recusou comer durante aqueles 15 dias.

José Carlos Trindade também trouxe um episódio pessoal: quando soube, ao telefone, de uma notícia assustadora sobre a saúde do seu filho, começou a chorar; a sua gata surda apercebeu-se, saltou para o sofá, lambeu-lhe as lágrimas e ficou encostada à cara de José.

“Tive ainda mais vontade de chorar a seguir”, recordou o locutor.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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