A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estima que os gastos com as pensões em Portugal, que mais do que duplicaram nas duas últimas décadas, continuem a aumentar, atingindo os 14,6% do PIB em 2020.
De acordo com o relatório Panorama das Pensões 2015, a despesa do Estado em pensões, entre 1990 e 2011, passou de 4,9% do Produto Interno Bruto (PIB) – abaixo da média da OCDE de 6,2% – para os 13% do PIB, bem acima da média de 7,9% da OCDE.
As projeções da OCDE apontam para que, em Portugal, o peso das pensões no PIB deverá continuar a subir e atingir o pico de 15% do PIB em 2030, permanecendo acima dos 13% até 2060, com o país a continuar a gastar mais com as pensões, face à média dos países da organização.
Para a média dos países da OCDE, o relatório estima que os gastos com pensões passem dos atuais 9% do PIB para 10,1% do PIB em 2050 e 11,3% em 2060.
Numa análise aos países que incluem esquemas de pensões mínimas (para pensionistas que não cumprem os critérios necessários para receberem uma pensão de reforma normal), de acordo com o relatório anual da organização, em Portugal estas são recebidas por 60% da população com mais de 65 anos, o valor mais elevado dos países analisados.
O valor português compara com os 47% da Finlândia, 37% de França ou os cerca de 30% de Itália, Luxemburgo ou Espanha.
No relatório, no qual a OCDE sinaliza ainda que é necessário que os países ponham o foco na sustentabilidade social dos seus sistemas de pensões, a organização refere que em 2015 a idade média da reforma vai continuar a subir.
De acordo com os dados da organização, em 2014, a idade média para entrada na reforma situou-se nos 64 anos, no caso dos homens, e nos 63,1 anos no caso das mulheres. No futuro, assumindo a entrada no mundo laboral aos 20 anos em 2014, a idade média irá subir para os 65,5 anos no caso dos homens e para os 65,4 anos nas mulheres.
Em Portugal, a idade de reforma está atualmente nos 66 anos.
/Lusa