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Galáxias massivas (e famintas) comem os vizinhos para crescer

Gupta et al / colaboração ASTRO 3D / IllustrisTNG

Canais de gás que conectam a galáxia central aos vizinhos

Uma equipa de cientistas combinou vários dados cosmológicos com um programa de modelagem para vislumbrar as forças que criam galáxias massivas no Universo.

Uma nova investigação acaba de revelar que as galáxias massivas comem os vizinhos mais pequenos para crescer. Os cientistas, liderados por Anshu Gupta do Centro de Excelência ARC da Austrália para todas as astrofísicas do céu em 3 dimensões (ASTRO 3D), chegaram a esta conclusão combinando dados de observação com um programa de modelagem.

Ao analisar o movimento dos gases no interior das galáxias, os astrónomos conseguiram descobrir “a proporção de estrelas produzidas internamente e a proporção canibalizada de outros lugares”, explicou o principal autor do estudo, publicado no dia 9 de abril no Astrophysical Journal.

“Descobrimos que nas antigas galáxias massivas – com cerca de 10 mil milhões de anos-luz de distância – tudo se move em muitas direções diferentes”, o que sugere que muitas das estrelas no interior das galáxias foram adquiridas no exterior, em vez de terem sido formadas no interior.

“Por outras palavras, as grandes galáxias estão a comer as mais pequenas.”

Os cientistas sugerem que as galáxias massivas engordaram ao incorporar galáxias mais pequenas no seu interior, um fenómeno batizado pelos cientistas como uma espécie de “fome cósmica”.

A observação e a modelagem das galáxias mais distantes também revelou menos variação de movimentos internos. No fundo, segundo o Sci-News, as galáxias mais antigas e de maior proporção são muito mais desordenadas do que as mais novas.

As mais novas tiveram menos tempo para se fundirem com outras galáxias, o que pode ajudar a explicar o que acontece durante um determinado estágio da evolução destes corpos celestes.

Os astrónomos combinam dados de um projeto australiano, chamado Linha de Emissão Espectroscópica de Objetos Múltiplos (MOSEL), com um programa de modelagem cosmológica em execução em alguns dos maiores supercomputadores do mundo.

ZAP //

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