Fuzileiro suspeito de morte de agente da PSP preparava-se para missão internacional da NATO

Hugo Delgado / Lusa

O vice-almirante Henrique de Gouveia e Melo

Dois dos suspeitos permanecem em prisão preventiva no estabelecimento prisional de Tomar.

Um dos fuzileiros suspeito de envolvimento na morte de Fábio Guerra, agente da PSP, na sequência de uma agressão à porta de uma discoteca em Lisboa, estaria a preparar-se para integrar uma missão internacional da NATO. A notícia é avançada pelo semanário Expresso, que cita fontes próximas do processo. Ao contrário de Vadym Hrynko, o outro suspeito, Cláudio Coimbra, já não estava previsto integrar a força internacional por se encontrar numa fase mais avançada da sua integração no corpo de fuzileiros.

Atualmente, os dois permanecem em prisão preventiva na prisão de Tomar por indícios de homicídio qualificado e ofensas corporais qualificadas.

Apesar da polémica a envolver dois dos seus integrantes, o contingente de fuzileiros que integra a NATO Response Force, que pode ser chamada de imediato para uma missão de dissuasão para o leste da Europa no âmbito da guerra na Ucrânia, foi elogiado pelo almirante Gouveia e Melo, durante uma celebração religiosa em Pinheiro da Cruz e que teve como objetivo homenagear Fábio Guerra. Presentes estiveram também o Bispo das Forças Armadas, D. Rui Valério e o Capelão Chefe da Marinha e capitão-de-mar-e-guerra Ilídio Costa, assim como de todos os vice-almirantes da Marinha. ​

Antes da missa, o Chefe do Estado-Maior da Armada enalteceu o “profissionalismo, a entrega, a disciplina e a dedicação desta força de elite da Marinha”.

Outra das notas de destaque da celebração tem que ver com o anúncio da reintegração do capelão Licínio Luís, exonerado após ter criticado na sua página de Facebook Gouveia e Melo, e colocação na Base Naval de Lisboa. O pedido de desculpas parece ter sortido o devido efeito. “É muito importante reconhecer perante a Marinha que errei ao dirigir-me de forma incorreta, inapropriada, interpretativa e pública ao almirante CEMA.”

No pedido de desculpas, o capelão reconheceu ainda que Gouveia e Melo “sempre foi um adepto dos fuzileiros” e que “mais a frio” defende que o número um da Marinha “tomou a única posição possível e ética ao traçar para toda uma linha vermelha de comportamento”.

ZAP //

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