Encontrado “frigorífico” com 2 mil anos em fortaleza romana

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Piotr Dyczek

Uma espécie de “frigorífico” com 2 mil anos foi encontrado numa fortaleza romana na Bulgária. A caixa usava gelo e neve para arrefecer a comida.

A primeira máquina refrigeradora foi construída em 1856 pelo australiano James Harrison. No entanto, o primeiro frigorífico doméstico só apareceu mais de meio século depois, em 1913, nos Estados Unidos.

Bem antes disso, há cerca de 2 mil anos, os romanos já usavam uma outra forma de refrigerar os seus produtos.

Um ‘frigorífico’ feito com placas de cerâmica para armazenar alimentos, com neve e gelo, foi descoberto por arqueólogos durante escavações no forte romano de Novae, na Bulgária. A descoberta foi anunciada pela Polska Agencja Prasowa, uma agência de notícias polaca.

Novae é um acampamento construído no século 1 d.C. pela legião romana, usado para defender uma fronteira territorial.

As escavações no local ainda decorrem e já originaram uma série de descobertas notáveis, que agora incluem uma tecnologia comparável ao frigorífico dos dias de hoje.

O líder da equipa de arqueólogos, Piotr Dyczek, da Universidade de Varsóvia, disse à agência polaca que o antigo ‘frigorífico’ ainda tinha fragmentos de vasos de cerâmicos e ossos de animais com sinais de que a carne fora cozinhada.

Além disso, os investigadores encontraram uma tigela com carvão, que acreditam ter sido usada para repelir insetos.

O ‘frigorífico’ romano foi encontrado dentro de um quartel militar, embutido no chão de pedra, o que significa que só poderia ser aberto por cima. Este design garantiu que estava bem isolado pela pedra fria que o cercava em três lados.

Como na Bulgária havia temperaturas abaixo de zero até cinco meses por ano, os romanos conseguiam apanhar gelo ou neve para colocar dentro da caixa e manter a comida conservada.

“Durante esse tempo, Novae desenvolveu-se lentamente numa cidade civil. Também graças às últimas descobertas, obtivemos dados suficientes para poder recriar esse fragmento da história desse antigo assentamento, que até agora estava envolto em mistério para nós”, disse Dyczek.

Daniel Costa, ZAP //

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