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Maioria dos veículos em segunda mão que são importados vem de França e da Alemanha. Mas o risco é maior nos polacos.
Os portugueses compram muitos carros importados. Como é normal na maioria dos países – já que é difícil um carro estar sempre no mesmo país.
A maioria dos veículos em segunda mão que são importados para Portugal vem de França (40,3%) e da Alemanha (19,6%), seguidos por Bélgica, Países Baixos e Itália.
A preferência por carros que marcas francesas não é de agora. Renault, Peugeot e Citroën continuam a liderar, muito por causa dos seus preços mais baixos do que a maioria dos concorrentes.
Mas nem todos (seja qual for o país de origem) chegam como deveriam chegar, e nem todos chegam com o histórico real.
Um novo estudo da carVertical, que analisou dados do ano passado, volta a mostrar que muitos carros que chegam de outros países têm adulterações no conta-quilómetros (já andaram mais do que o ecrã mostra), ou têm defeitos ocultos.
E há outro problema que vai aparecendo: quando há acidentes, os carros são reparados com peças baratas e não originais – o que pode comprometer a fiabilidade a longo prazo.
Neste contexto, os veículos importados da Polónia para Portugal apresentam o maior risco de fraude no conta-quilómetros, com 9,5% dos veículos verificados a registarem discrepâncias. Seguem-se Lituânia (5,4%) e EUA (3,6%); mais abaixo aparecem Itália e Espanha.
Muitos países não partilham informações sobre o histórico dos veículos – e muitos vendedores aproveitam-se para vender o carro a um preço mais alto do que seria suposto.
Matas Buzelis, especialista automóvel da carVertical, deixa o alerta: “Nalguns casos, os compradores nem sequer se apercebem de que o carro que estão a adquirir é importado, o que facilita a ocultação de informações críticas, como acidentes anteriores, quilometragem real ou até registos de furto”.