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Fotografia partilhada nas redes sociais levou à suspensão de alunos nos Estados Unidos

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Pelo menos dois alunos da North Paulding High School, no estado da Georgia, dizem ter sido suspensos depois de terem partilhado nas redes sociais uma fotografia na qual é possível ver um corredor da escola repleto de alunos.

A fotografia em causa, publicada na rede social Twitter, rapidamente se tornou viral, somando milhares de gostos e partilhas na mesma rede social.

De acordo com o jornal norte-americano The Washington Post, foram pelo menos dois os alunos que, depois de terem partilhado a imagem em causa, acabaram suspensos da escola secundária localizada em Dallas por um período de cinco dias.

À emissora norte-americana CNN, Hannah Watters, estudante de 15 anos da North Paulding High School, afirma ter sido suspensa na sequência da partilha da imagem.

A estudante conta que, depois de ver a primeira fotografia, onde se vê um corredor cheio de alunos e alguns dos quais sem máscara, decidiu partilhar um vídeo na sua conta de Twitter, mostrando que nada mudou desde que aquela primeira imagem fora publicada.

“Estava preocupada com a segurança de todos naquela prédio e em todo o condado, porque as recomendações do CDC e as suas diretrizes, que há meses foram chegando há meses, não estava a ser cumpridas”, disse a estudante.

A agência Associated Press confirmou que a fotografia do corredor foi realmente captada na North Paulding High School, escreve o New York Post.

A escola disse a Watters, segundo o relato da estudante, que esta tinha violado três políticas de conduta: utilizar o telemóvel durante o horário das aulas, usar o mesmo dispositivo durante o horário escolar para utilização de redes sociais e ainda a captura de imagens de alunos e consequente publicação numa plataforma online.

Uso de máscara é “opção pessoal”

De acordo com o mesmo portal, a fotografia foi captada a 3 de agosto, no primeiro dia de regresso às aulas nesta escola secundária norte-americana, tendo o vídeo de Hannah Watters sido publicado no dia seguinte, a 4 de agosto.

O distrito agendou o regresso às aulas para o início do mês de agosto, permitindo também que os alunos continuassem as aulas às distância, contudo, a grande maioria preferiu regressar: dos 31.000 inscritos, 20.000 voltaram ao campus.

A CNN tentou, sem sucesso, obter esclarecimentos da escola e do distrito norte-americano.

Numa carta dirigida à comunidade, o governador Brian Otott alegou que a fotografia foi captada fora do contexto, referindo que o uso de máscara é uma opção pessoal.

“Mudanças de turmas no Ensino Secundário são um desafio para manter um cronograma específico (…) É uma área que continuamos a trabalhar para (…) limitar a concentração de alunos. Os alunos ficam neste ambiente apenas por um breve período enquanto passam para a aula seguinte… Não há dúvidas que a foto não parece boa”, escreveu.

E acrescentou: “Usar máscara é uma escolha pessoal e não há uma forma prática de impor uma ordem para usá-la de forma obrigatória”.

A polémica com esta escola secundária ocorre enquanto encarregados de educação, comunidades escolares e políticos divergem sobre o regresso às aulas e o papel que as aulas presenciais poderão ter na propagação da pandemia em solo norte-americano.

ZAP //

 

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