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Foto de Lisboa ganhou Metro Photo Challenge 2015

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Eduard Gordeev / Metro Photo Challenge

"Lisboa Nebulosa", por Eduard Gordeev

“Lisboa Nebulosa”, por Eduard Gordeev

O autor é russo mas a imagem é bem portuguesa, e ganhou o Grande Prémio Global do Metro Photo Challenge 2015.

A vencedora do concurso de fotografia internacional promovido pelo jornal “Metro” foi também, em certo sentido, a cidade de Lisboa. É que foi na capital portuguesa que foi captada a imagem que conquistou o primeiro lugar da categoria City Secret.

Sim, desta vez não é a luz de Lisboa nem nenhuma das suas vistas em cores vivas a levar o nome da cidade mais longe. É mesmo um raro nevoeiro que, também assim, “conseguiu retratar a essência e magia da cidade”, resume um comunicado da organização do concurso, cujo resultado foi decidido por um júri internacional.

Da autoria de Eduard Gordeev, a fotografia foi captada em outubro deste ano e mostra-nos uma cena com a ponte 25 de Abril a desaparecer, dir-se-ia infinita, no nevoeiro cerrado.

Gordeev é um talentoso fotógrafo, residente em São Petersburgo, que se especializou em fotografar paisagens surreais, normalmente urbanas, debaixo de chuva. As suas fotos capam uma atmosférica única, que lhes confere um efeito de pinturas acrílicas.

Gordeev ganhou um prémio que faria as delícias de muitos viajantes: uma expedição fotográfica à Índia.

O Metro Photo Challenge 2015 decorreu entre 22 e 24 de Novembro, em todas as cidades que têm edições daquele jornal gratuito – mais de meia centena em 19 países.

O concurso divide-se em três categorias: “City Love”, “City Soul” e “City Secret”.

ZAP / Bom Dia

3 Comments

  1. Linda sem dúvida! Existe apenas um senão em que a imagem em si nem o autor nada tem a ver com a vingança dos homens que é o nome da ponte desfasada da sua origem e do seu tempo e que certamente o tempo e a história se encarregarão de desmontar a leviandade e oportunismo daqueles que possivelmente pior história deixarão para o país.

    • Como em muitas religiões, associar imagens e nomes à intermediação da comunicação espiritual, associar grandes obras do erário público a datas ou nomes mais ou menos marcantes da vida de um país pode ser em si abuso à memória de muitos, mas também à natureza do que se pretende realçar como resultado da intervenção humana aliada à evolução da técnica e estética paisagística, isto é, quando a intervenção humana se envolve com a ordem da natureza e resulta num ex-libris com 49 anos – Lisboa, capital secular… Dos hidrónimos em toponímia, primeiro ponto de partida, o ‘naming’ mais provável da daquela ponte seria o do rio que se lhe submete – TEJO (Tagus)… A sua majestosa beleza e grandiosidade perderam esse direito por uma data prometida que prevalece comprometida e nem o Tejo nem aquela ponte que o abraça mereciam uma data, fosse ela da “religião” que fosse!

  2. Na minha opinião tenho queixa dos 2 regimes que a ponte acaba por representar. Mas queria acrescentar que o governo de Salazar foi tão miserável que nem foi capaz de construir 1 ponte importante pra união das 2 margens e livra la de portagens

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