Uma equipa de cientistas descobriu, na China, um fóssil de um oviraptorossauro com o seu ninho também fossilizado, que preservava pelo menos sete embriões.
De acordo com o site EurekAlert!, o fóssil em questão pertence a um oviraptorossauro, um dinossauro terópode, parecido com um pássaro, característico do período Cretáceo (entre há 145 milhões e 66 milhões de anos).
O fóssil consiste no esqueleto incompleto deste dinossauro, agachado sobre um ninho com pelo menos 24 ovos. Destes, pelo menos sete preservam ossos ou esqueletos parciais dos embriões.
O novo espécime foi recuperado a partir de rochas, com cerca de 70 milhões de anos, localizadas na cidade de Ganzhou, no sul da China.
“Dinossauros preservados nos seus ninhos são raros, assim como fósseis de embriões. Esta é a primeira vez que um dinossauro não-aviário foi encontrado assim sentado num ninho”, explica Shundong Bi, investigador da Universidade de Yunnan, na China, e um dos autores do estudo publicado, em dezembro de 2020, na revista científica Science Bulletin.
A análise dos isótopos de oxigénio levada a cabo pelos cientistas indicou que os ovos foram incubados em altas temperaturas, dando mais força à hipótese de que o dinossauro morreu no momento em que estava a chocar os ovos.
Além disso, embora todos os embriões estivessem bem desenvolvidos, alguns parecem ser mais crescidos do que outros, o que sugere, por sua vez, que os ovos podem ter chocado em momentos ligeiramente diferentes.
Um outro aspeto interessante deste espécime é que possui vários seixos na região abdominal. Segundo o mesmo site, é quase certo que sejam gastrólitos, ou seja, pedras de vários tamanhos que ficam retidas no sistema digestivo de alguns animais para os ajudar a digerir a comida, o que pode fornecer novos dados sobre a sua dieta.