Um grupo de cientistas dos EUA e do México conseguiu extrair fósseis do período glaciar do fundo de Hoyo Negro, uma caverna subaquática localizada no México.
Há milhares de anos, as espectaculares cavernas (agora inundadas) da Península de Iucatão, no México, serviram de passagem para os seres humanos e animais do último período glaciar. No entanto, muitas criaturas infelizes acabaram mortas, depois de caírem no Hoyo Negro – um verdadeiro Buraco Negro.
Uma equipa de paleontólogos da East Tennessee State University, nos Estados Unidos, mergulhou ao fundo da caverna subaquática e conseguiu extrair restos arqueológicos de várias espécies da época do Plistocénico. Os numerosos restos encontrados datam de há aproximadamente 13 mil anos.
O grupo conseguiu recuperar os restos de três ursos-beiçudos gigantes, incluindo uma espécie completamente nova, ursos-de-face-curta, leões da montanha, tigres-dente-de-sabre, um gonfotério (parente do elefante), tapires e mesmo um ser humano.
“A preservação dos materiais fósseis é extraordinária e permitir-nos-á reconstruir vários aspectos da anatomia, relações evolutivas e comportamento dos seres vivos da época, explicou Blaine Schubert, um dos investigadores envolvidos, ao PhysOrg.
“A diversidade da fauna mostra-nos uma imagem nova e emocionante desta região, durante uma rápida alteração climática e ambiental”, acrescentou Schubert, que apresentou as conclusões do estudo na reunião anual da Sociedade de Paleontologia de Vertebrados, realizada a 17 de agosto em Calgary, no Canadá.
ZAP // Sputnik News / Phys.org
* Plistocénico.
Caro Mário Cachão,
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