A Ford anunciou ter adiado um investimento de 12 mil milhões de dólares em Veículos Elétricos: razões: custos elevados e redução da procura.
A Ford Motor Company decidiu adiar o investimento previsto de 12 mil milhões de dólares na construção de veículos elétricos (VE), apontando o elevado custo dos VE e uma desaceleração na procura do mercado.
O anúncio foi feito durante a apresentação de resultados do terceiro trimestre da empresa, durante a qual o CFO, John Lawler, explicou que a fabricante automóvel está a ser “criteriosa” ao ajustar a capacidade futura para melhor corresponder à procura do mercado.
A decisão inclui a suspensão de projetos importantes, entre os quais a construção de uma nova fábrica de baterias no Kentucky.
No entanto, a empresa sublinha que alguns dos investimentos planeados seriam adiados, mas permanece comprometida com o desenvolvimento de futuros modelos de VE. “Não estamos a afastar-nos dos nossos produtos de segunda geração”, afirmou Lawler, citado pelo Insider.
A Ford tinha já antes anunciado o abandono do seu objetivo de produzir dois milhões de VE até 2026, e esta medida está em linha com a crescente prudência cm que os fabricantes automóveis estão a encarar o futuro dos veículos elétricos.
Esta quarta-feira, também o CEO da Honda, Toshihiro Mibe, adiantou à Bloomberg que a marca tinha cancelado o desenvolvimento de um elétrico acessível; a General Motors, por seu turno, abandonou também o objetivo de fabricar 500.000 VE até a primeira metade de 2024.
John Lawler considera que a transição para os VE está “bem encaminhada”, mas admitiu que a taxa de adoção tem sido mais lenta do que inicialmente esperado.
Numa entrevista recente ao The New York Times, o presidente executivo da Ford, Bill Ford, realçou que os preços elevados dos veículos elétricos foram a principal razão por trás da decisão da empresa de abrandar a produção.
“Os veículos elétricos são caros. Sabemos que os preços vão descer, e à medida que isso acontecer, teremos um aumento mais significativo dos VE”, disse Bill Ford.
A medida da Ford parece assim refletir preocupações mais amplas da indústria automóvel sobre a viabilidade financeira e o interesse do consumidor por veículos elétricos no mercado atual — que, entretanto, parece estar a ser cada vez mais dominado por marcas chinesas emergentes.
Cheira-me que aqui tem mão dos lobis do petróleo.
A FORDeu JÁ ERA!