As forças especiais canadianas combateram ao lado do exército iraquiano elementos do grupo extremista Estado Islâmico (EI), divulgou hoje o Estado-Maior das Forças Armadas do Canadá.
Este combate no solo, que ocorreu a semana passada, é o primeiro realizado oficialmente por um país da coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos, contra a organização radical muçulmana.
Como a França, o Canadá deslocou aviões de caça e forças especiais para o Iraque, insistindo que estes soldados fariam a formação de tropas iraquianas e milícias curdas.
O governo canadiano defendeu o direito de “autodefesa” para explicar o confronto.
“O facto de termos trocado tiros com o EI não significa que isto se tenha tornado uma missão de combate”, declarou à imprensa o general Michael Rouleau, comandante das forças de operações especiais canadianas.
“Não vejo isso como uma escalada” nas ações do Canadá contra o EI, disse Jonathan Vance, comandante do destacamento canadiano.
O general Rouleau explicou que o incidente ocorreu na última semana, quando as forças especiais canadianas finalizavam o planeamento de um bombardeamento da coligação com altas patentes do exército iraquiano, a vários quilómetros da linha da frente, no norte do país.
“Quando avançaram, para confirmar os planos e visualizar o que tinham discutido através de um mapa, foram imediatamente atacados com tiros de morteiros e metralhadoras”, contou o chefe das forças especiais.
Os atiradores de elite canadianos foram autorizados pelo seu comandante a ripostar.
“Eles neutralizaram duas ameaças”, disse Rouleau, sem dar mais detalhes. Não houve feridos entre os canadianos.
Em outubro, o parlamento canadiano foi atacado, tendo a polícia determinado que o ataque foi perpetrado por Zehaf Bibeau, cidadão canadiano de 32 anos, em protesto por não lhe ter sido dado passaporte para viajar para a Líbia ou Síria, onde pretendia juntar-se a grupos rebeldes.
/Lusa