Uma nova investigação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) sugere que as gotículas de tosse e espirros podem “viajar” até uma distância 200 vezes maior do que se pensava. Torna-se assim mais importante do que nunca cobrir a boca e o nariz com o braço ou um lenço de cada vez que se tosse ou espirra, por forma a evitar que os germes se espalhem no ar.
De acordo com a equipa responsável pelo estudo, as gotas que são produzidas aquando do acto de tossir ou espirrar são acompanhadas de “nuvens de gás” que as permitem percorrer distâncias maiores.
Para chegar a estas conclusões, e para analisar os mecanismos dos fluidos da tosse e dos espirros, os investigadores usaram uma combinação de imagens de alta velocidade de pessoas a tossir e a espirrar, simulações de laboratório e fórmulas matemáticas.
Pesquisas anteriores sugeriam que grandes gotas de muco percorriam uma distância maior do que as gotas menores, e “viajavam”, no máximo, um par de metros. No entanto, os investigadores deste estudo recente descobriram que quando as gotas se fundem com a nuvem de gás, a sua trajetória é alterada.
Assim, as gotículas mais pequenas foram encontradas a percorrer uma distância cinco vezes maior do que as estimativas anteriores; enquanto que as maiores conseguem ir 200 vezes mais longe. Além disso, a equipa descobriu que as gotas minúsculas são capazes de permanecer no ar tempo suficiente para se infiltrarem nas unidades de ventilação.
Mais do que nunca, torna-se imperativo manter a boca e o nariz tapados sempre que tossir ou espirrar.
CG, ZAP