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Fisco está a investigar Jorge Mendes e 13 clubes portugueses

Bendoni communication / Wikimedia

O super-agente Jorge Mendes

O super-agente Jorge Mendes

13 clubes portugueses, entre os quais os três grandes, estão a ser investigados pelo Fisco português no âmbito de suspeitas em torno de transferências de jogadores. No centro da investigação surge o “super-agente” Jorge Mendes, também na mira das autoridades.

O Jornal de Notícias confirmou junto de fontes da Autoridade Tributária e Aduaneira e da própria Gestifute, a empresa de Jorge Mendes, que os negócios levados a cabo por aquele que é considerado o mais influente agente do futebol mundial estão a ser analisados à lupa.

Em causa estão transferências de jogadores e de treinadores levadas a cabo nos últimos três anos, apurou o jornal, notando que estão na mira das autoridades negócios realizados por Benfica, FC Porto, Sporting, Sporting de Braga, Vitória de Guimarães, Marítimo, Nacional, Tondela, Vitória de Setúbal, Arouca, Boavista, Estoril e Moreirense.

O “super-agente” será o elo de ligação em todos os casos e a AT terá já trocado informações com Espanha, onde o empresário está também a ser investigado no âmbito de suspeitas de fraude fiscal.

Cristiano Ronaldo, a grande estrela do leque de jogadores representados por Jorge Mendes, foi acusado pelas autoridades fiscais espanholas pelo alegado desvio de quase 15 milhões de euros.

Vários outros jogadores representados pelo agente português estão sob a mira do Fisco espanhol, nomeadamente os portugueses Fábio Coentrão e Ricardo Carvalho, o argentino Angel di María, o colombiano Radamel Falcao e ainda o treinador português José Mourinho.

Os média espanhóis noticiaram que foi Falcao, ex-avançado do FC Porto, quem colocou o “super-agente” como o responsável pelas suspeitas que recaem sobre ele.

Jorge Mendes foi ouvido em tribunal, em Espanha, no fim de Junho passado, onde declarou que o seu papel na carreira dos jogadores que representa é “exclusivamente” no âmbito das negociações com os clubes, rejeitando qualquer intervenção no âmbito da assessoria ou aconselhamento fiscal.

Contactada pelo JN, a Gestifute admite a investigação do Fisco português, considerando que é um procedimento normal e realçando que mantém a “colaboração e transparência de sempre” com as autoridades.

SV, ZAP //

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