Uma equipa de paleontólogos sugere que alguns dinossauros não-aviários, como o Anquilossauro, podiam chilrear em vez de rugir.
De filmes a séries e de desenhos animados a documentários, todo o tipo de recriações de sons de dinossauros mostram-nos o clássico rawr. Uma espécie de rugido de leão, mas vocalizado por uma criatura semelhante a um dragão.
A realidade é que não há grandes evidências que nos sugiram que os dinossauros emitiam sons semelhantes àqueles que ouvimos em Jurrasic Park.
Por exemplo, muitas aves modernas usam o que é chamado de vocalização com a boca fechada, na qual o som é produzido inchando a garganta. Acredita-se que alguns dinossauros aviários possam ter feito o mesmo.
Os notáveis restos descobertos nas rochas pelos paleontólogos oferecem evidências do poder físico destas criaturas, mas não há muitas indicações de como é que eles interagiam e comunicavam.
De acordo com fósseis de garganta bem preservados descobertos em 2005, muitos dinossauros não-aviários podiam chilrear em vez de ter rugidos ferozes.
Os fósseis fazem parte de um Anquilossauro, do período Cretáceo, conhecido como Pinacosaurus grangeri. Inicialmente, os investigadores pensaram que seriam ossos utilizados na respiração. No entanto, um novo estudo diz que podem ter desempenhado um papel na voz dos dinossauros.
A confirmar-se, escreve o site BGR, será a primeira descoberta do género num dinossauro não-aviário. Os fósseis de garganta descobertos parecem ter várias semelhanças com chilreadores modernos, notaram os cientistas. Desta forma, os autores acreditam que o Anquilossauro usava um chilrear em vem do rugido.
Os resultados do estudo foram publicados em fevereiro na revista científica Communications Biology.