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Foi finalmente desvendado o mistério do “dinossauro bebé” chinês

wikimedia

Nova espécie de dinossauro oviraptossauro, baptizada como Beibeilong sinensis ou "bebé dragão chinês".

Nova espécie de dinossauro oviraptossauro, baptizada como Beibeilong sinensis ou “bebé dragão chinês”.

Um fóssil descoberto na China há mais de 25 anos, que ficou conhecido como “Baby Louie”, foi, finalmente, identificado. Trata-se de uma nova espécie de dinossauro com penas que foi baptizado como “bebé dragão chinês”.

Descoberto na China há mais de 25 anos, dentro de um ninho de dinossauros, este fóssil ficou conhecido como “Baby Louie”, depois de um artigo que saiu na revista National Geographic em 1996.

Mas só agora foi, finalmente, identificado como pertencendo a um grupo de dinossauros, semelhantes a grandes pássaros, conhecidos como oviraptossauros. Os paleontólogos responsáveis pela sua identificação baptizaram-no de Beibeilong sinensis que, traduzindo, significa algo como “bebé dragão chinês”, salienta a BBC.

O fóssil foi encontrado nas rochas de Henan por agricultores chineses e acabou por ser vendido ilegalmente para os EUA. Só em 2013 foi devolvido à China, onde foi finalmente analisado e identificado.

Darla Zelenitsky / University of Calgary

Ilustração do dinossauro "bebé dragão chinês" - ou Beibeilong sinensis - dentro do ovo.

Ilustração do dinossauro “bebé dragão chinês” – ou Beibeilong sinensis – dentro do ovo.

“Porque também se encontraram fósseis de grandes terópodes, como os tiranossauros, nas rochas em Henan, algumas pessoas pensaram, inicialmente, que os ovos poderiam ter pertencido a um tiranossauro”, explica uma das autoras do estudo, a professora Darla Zelenitsky, da Universidade de Calgary, no Canadá, citada pelo Telegraph.

“Graças a este fóssil, sabemos agora, que estes ovos foram postos por um oviraptossauro gigante, um dinossauro que se pareceria muito com um casuar muito grande. Teria sido um espectáculo de se ver, com um animal de três toneladas, como este, sentado no seu ninho de ovos”, realça Darla Zelenitsky.

A descoberta desta nova espécie de oviraptossauro é vista como a prova de que estes dinossauros terão sido comuns nos territórios da actual América do Norte e da Ásia, há cerca de 100 milhões de anos.

“A distribuição geográfica e ocorrências abundantes de vestígios de ovos Macroelongatoolithus revelam que os oviraptossauros gigantes estavam, relativamente, difundidos e, talvez, até tenham sido comuns no início do Cretáceo Superior, mesmo que os seus restos esqueléticos sejam escassos e ainda tenham que ser identificados em muitas regiões”, escrevem os autores do artigo publicado na Nature Communications.

Apesar de eternizado como “bebé dinossauro”, este espécimen, que foi encontrado num estado jovem, do tamanho de uma pequena cobaia, teria crescido até atingir mais de 1000 quilos.

SV, ZAP //

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