As filhas de um homem atropelado após uma queda nas escadas da Igreja de Areias, em Santo Tirso, exigem uma indemnização de 100 mil euros, considerando que a morte do pai podia ter sido evitada.
A morte de Mário Soares ocorreu a 11 de Janeiro de 2021, após uma queda nas escadas da Igreja de Areias. O homem caiu em plena faixa de rodagem da EN 204 e acabou por ser atropelado, morrendo.
Agora, as filhas exigem à Câmara de Santo Tirso, à União de Freguesias de Areias, Sequeiró, Lama e Palmeira e à Estradas de Portugal (EP) uma indemnização de 100 mil euros, conforme avança o Jornal de Notícias (JN) que teve acesso à acção que deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto.
As escadas da fatalidade têm três degraus altos e, na altura da queda de Mário Soares, não tinham “corrimão nas laterais” para permitir “auxiliar a subida ou descida”, nem quaisquer barreiras de segurança, alegam as filhas na acção.
“A distância entre o término das escadas e o término do passeio é de tal forma diminuto que, existindo uma queda, existe grande probabilidade dos peões serem colhidos“, referem ainda, conforme cita o JN. E foi isso mesmo que aconteceu.
Só depois da morte de Mário Soares é que se colocaram “grades e corrimões que impedem que qualquer queda resulte na projecção do corpo do peão para a via rodoviária ou que, havendo um despiste, seja o peão colhido”, argumentam ainda as filhas.
“O que aconteceu naquele fatídico dia podia ter sido evitado com a existência de uma barreira de segurança que lá foi colocada poucos dias após a trágica ocorrência”, aponta ainda o advogado da família em declarações ao JN.
“De uma vez por todas, as entidades públicas têm de começar a responder pelas suas omissões ou faltas de acções“, conclui o advogado.