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Polícia cercada, helicóptero, enforcamento na mota: a festa na Argentina acabou mal

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Raul Martinez/EPA

Violência durante celebrações na Argentina

Mais de 4 milhões de pessoas quiseram receber os novos campeões mundiais de futebol. Mas os festejos terminaram mais cedo do que o previsto.

Já se esperava: feriado nacional, país em festa, o povo a esquecer a crise económica do país.

A selecção da Argentina, campeã mundial de futebol, foi recebida por cerca de 4 milhões de pessoas, na capital Buenos Aires.

A festa ocorreu nesta terça-feira, a partir das 2h da madrugada, hora em que o avião chegou ao Aeroporto Internacional de Ezeiza.

Os novos campeões do mundo entraram um autocarro aberto, como se previa, mas depois os festejos transformaram-se em cenas preocupantes de violência.

Foram cinco horas de viagem lenta, muito lenta, e a certa altura começou a haver pessoas a mais por metro quadrado, nas zonas pelas quais o autocarro passava.

Surgiram cenas de violência, a própria polícia ficou cercada por compatriotas e teve de recorrer ao disparo de balas de borracha.

Em princípio os jogadores não estavam em perigo mas a situação ficou tão caótica que toda a selecção argentina foi retirada de helicóptero.

Uma porta-voz da Presidência da Argentina anunciou ao início da noite: “Os campeões do mundo estão a sobrevoar todo o percurso em helicópteros porque ficou impossível continuar por terra diante da explosão de alegria popular. Continuemos a celebrar em paz e a mostrar o nosso amor e admiração”.

“Não nos deixam chegar para saudar todas as pessoas que estavam no Obelisco, os mesmos órgãos de segurança que nos escoltavam não nos permitiram continuar. Mil desculpas em nome de todos os jogadores campeões. Uma pena”, lamentou o presidente da Federação Argentina de Futebol.

Enforcamento na sua mota

Já na segunda-feira, o dia seguinte à vitória na final diante da França, quando os jogadores ainda estavam no Qatar, houve celebrações que terminaram com feridos e uma morte.

Um homem foi esfaqueado e uma criança de 5 anos sofreu um traumatismo craniano, entre outras centenas de casos.

Um homem morreu quando andava de mota com uma bandeira da Argentina amarrada no pescoço – uma “capa de super-herói” fatal porque a bandeira ficou presa na roda da frente e acabou por enforcar o jovem adepto, que ficou preso junto no painel da mota.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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