O FC Porto goleou o Boavista, por 5-0, numa partida da 17.ª jornada da Primeira Liga em que o camaronês Aboubakar marcou dois golos e os ‘axadrezados’ acabaram com 10 jogadores.
O jogo correu bem ao FC Porto porque ganhou após uma derrota (2-0, com o Sporting) e um empate para o campeonato (1-1, com o Rio Ave) e um desaire para a Taça da Liga (1-3, em casa, com o Marítimo) e marcou cinco golos, impondo-se claramente a um Boavista inferior com uma exibição segura.
Também correu bem a Rui Barros, que hoje orientou, interinamente, o FC Porto após a saída de Julen Lopetegui e conseguiu interromper uma série inesperada de resultados negativos.
O Boavista teve uma tarde negativa, porque perdeu, e por números pesados, porque perdeu três jogadores devido a lesão (Tengarrinha, Henrique e Anderson Correia) e não vence para o campeonato há 12 jogos, encontrando-se no 17.º lugar, com apenas 10 pontos, seis abaixo da ‘linha de água’.
A história deste ‘derby’ portuense começou a ser escrita aos 12 minutos, quando Brahimi serviu André André e este assistiu Herrera, o qual, com classe, inaugurou o marcador.
O golo surgiu numa altura em que o médio boavisteiro Tengarrinha recebia assistência médica fora do relvado, devido a um problema no joelho esquerdo. Ainda voltou, mas, aos 16 minutos, acabou por ser substituído por Renato Santos, com fortes queixas no joelho lesionado.
Essa foi só primeira contrariedade que o Boavista teve neste jogo, que foi quase sempre dominado pelo FC Porto através de um forte pressão a meio-campo e de transições defesa-araque muito fortes.
O 0-1 manteve-se até ao intervalo, mas tanto Brahimi como Aboubakar tiveram ocasiões para dilatar a vantagem portista, tendo falhado ambos na finalização.
Aos 37 minutos, nova contrariedade para o Boavista: Henrique também se lesionou e saiu com queixas musculares, tendo entrado Anderson Correia para o seu lugar.
Sanchez procurou reorganizar a sua equipa e reagir, mas o FC Porto foi sempre muito mais perigoso e mais forte e soube tirar partido da qualidade individual do seu ‘onze’, no qual Herrera esteve em bom plano.
Na segunda parte, André André ofereceu o segundo a Aboubakar (48 minutos) e Anderson Carvalho teve uma boa iniciativa ofensiva (53), mas foi Corona que, num lance individual, apontou o segundo, aos 62.
O Boavista procurou responder, mas o FC Porto mostrou-se cada vez mais confiante, exibiu uma condição física boa, que foi importante num jogo que decorreu sob chuva e vento quase incessantes, e não deu grandes chances ao Boavista, obtendo mais três golos.
Os problemas clínicos no Boavista prosseguiram e contribuíram para fragilizar ainda mais a equipa orientada por Erwin Sanchez, um técnico que ainda não venceu desde que, em dezembro, substituiu Petit.
Aboubakar, entretanto, reencontrou-se com os golos e marcou dois seguidos (72 e 81), sendo que o primeiro ocorreu quando o adversário estava, mais uma vez, em inferioridade numérica, devido à lesão de Anderson Correia.
Anderson Correia, que havia substituído Henrique, também deixou o relvado mais cedo (72 minutos), aparentemente devido a um problema muscular e numa altura em que Sanchez já tinha esgotado as três substituições regulamentares, duas delas forçadas
Danilo fez o quinto, já nos descontos, com um toque de classe e o FC Porto saiu do Bessa com os três pontos e um ânimo renovado.