Família descobre tesouro viking com 1200 anos no seu quintal enquanto procurava um brinco

Rune Nordseter / Kulturarv

A descoberta pode reescrever a história da ilha de Jomfruland, onde até agora não existiam evidências da presença dos vikings.

Uma família norueguesa encontrou mais do que esperava quando desenterrou artefactos da era viking, em vez de um brinco perdido, no seu quintal. A surpreendente descoberta, composta por dois ornamentos de bronze outrora revestidos de ouro, poderá reescrever a história da ilha.

A família Aasvik, residente na remota ilha de Jomfruland, usou um detetor de metais para procurar um brinco desaparecido no seu quintal. No entanto, o dispositivo levou-os a algo muito mais antigo por baixo de uma árvore. Em vez de joalharia moderna, encontraram dois artefactos viking que, segundo os especialistas, poderão pertencer ao túmulo de uma mulher aristocrata.

Segundo Vibeke Lia, uma arqueóloga do Conselho do Condado de Vestfold e Telemark, esta pode ser a primeira descoberta viking na ilha. O achado não só confirma a habitação humana em Jomfruland durante a era viking (793 a 1066 d.C.) como também adiciona credibilidade à existência de montes de pedras soltas previamente descobertos na ilha.

A ilha de Jomfruland enfrenta o estreito de Skagerrak e a Dinamarca e serve principalmente como destino de férias, com cerca de 75 residentes permanentes. A história humana da ilha tem sido há muito um tema de especulação. Embora já tivessem sido descobertos montes de pedra, não havia evidências sólidas para confirmar que eram criações viking destinadas a reivindicar a terra.

O maior dos dois artefactos descobertos é um broche oval, característico do estilo encontrado nos túmulos de mulheres viking do século IX. Estes broches eram usados para apertar as alças de vestidos e costumam vir aos pares, sugerindo que o outro ainda possa ser descoberto, relata o Live Science.

O outro objeto é um broche circular, semelhante a moldes encontrados na cidade de Ribe, Dinamarca. Ambos os artefactos têm gravuras intrincadas de animais e padrões geométricos e contêm vestígios de ouro.

Os especialistas destacam que os artefactos estão em melhor estado do que a maioria, provavelmente porque se encontravam num quintal e não num campo agrícola, que estaria sujeito a aração. O futuro do local ainda está por determinar, pois poderá ser preservado devido ao seu estatuto como um potencial túmulo.

A descoberta da família Aasvik não só enriqueceu a sua história pessoal como também poderá alterar a cronologia histórica conhecida de Jomfruland. À medida que os arqueólogos ponderam os próximos passos, a ilha fervilha com um novo significado histórico, aguardando mais exploração e pesquisas.

ZAP //

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