Fábio Silva era promessa de golos – mas marcou sete em quase três anos

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Manuel Fernando Araujo / Lusa

Jovem avançado poderia ter sido “arma” na selecção sub-21, contra a Islândia. Rui Jorge não o colocou em campo e percebe-se porquê.

A selecção portuguesa sub-21 foi travada pela primeira vez na qualificação para a fase final do Europeu. Na sexta-feira passada empatou (1-1) com a Islândia.

Depois de cinco vitórias nas cinco jornadas anteriores, a equipa comandada por Rui Jorge sofreu primeiro, ao quarto de hora, reagindo depois da meia hora, com um golo de Gonçalo Ramos.

Portugal jogou muito bem ao longo da primeira parte – mas faltou alguém que metesse a bola lá dentro (além de Gonçalo Ramos).

Uma opção óbvia para o ataque seria Fábio Silva. Mas o ex-avançado do FC Porto, titular em todos os outros jogos da selecção (embora tenha sido sempre substituído ainda longe do final de cada encontro), desta vez, nem saiu do banco de suplentes.

Rui Jorge optou por não colocar em campo o filho do antigo futebolista Jorge Silva, mesmo quando era preciso marcar. E os números explicam essa decisão.

Fábio Silva, ponta-de-lança, já tinha mostrado que era goleador ainda nos tempos de iniciados: 26 golos pelo Benfica. Depois, já ao serviço do FC Porto, 31 numa época e 33 noutra época.

Tinha apenas 17 anos mas, sem surpresas, foi colocado no meio dos seniores. Em 2019/20 jogou 21 vezes pela equipa principal portista e marcou três golos.

A promessa de golos só esteve no Dragão durante um ano porque foi logo transferido para o Wolverhamptonquatro golos em 36 jogos, na temporada passada.

Na presente época, 21 jogos disputados, mas com pouco tempo no relvado, e zero golos.

Ao todo, e contabilizando apenas os jogos nas formações principais de FC Porto e Wolverhampton, o ponta-de-lança Fábio Silva marcou apenas sete golos em 78 jogos – salientando que não foi titular em muitos destes 78 compromissos.

Mesmo assim, continua a ser sempre chamado para a selecção sub-21. Nesta fase de qualificação, nos cinco jogos anteriores só marcou num: bis contra o Liechtenstein, na goleada lusa por 11-0.

No Wolverhampton raramente é titular (só foi uma vez, na Premier League) e, quando é chamado pelo treinador Bruno Lage, é só para participar nos últimos minutos de cada jogo.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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6 Comments

  1. Só para quem é cego ou não percebe nada de futebol é que pensava que este jogadorzeco valia alguma coisa. O miúdo é e sempre foi um barrete. O Pintinho o Jorge Mendes e o Nuno E. Santo é que devem ter ganho bem à conta do Wowerhampton. Negócios!!

    • Tolices de “sábios” futeboleiros. Conheço Fábio Silva desde que jogava nos iniciados do Benfica. Sei que é um garoto espetacular, a sua saída custou muito aos técnicos que trabalhavam com ele e estava sinalizado como tendo um enorme potencial físico e técnico, além de ser um “bom menino!”. Mais, julgo que a sua saída custou o lugar de diretor do Seixal a Nuno Gomes, não é uma certeza, é uma análise pessoal. Fábio Silva e a sua família cometeram um erro enorme no regresso ao Porto, seduzidos pelo canto da sereia do “amor” portista, No Seixal havia um plano para o garoto, proceder ao seu desenvolvimento, tal como fora feito com João Félix. Não foi essa a escolha da família e não preciso ser bruxo para imaginar que Mário Silva deve estar bem arrependido da decisão tomada, o regresso ao Porto teve como consequência a estagnação no seu desenvolvimento , ficando apenas o talento natural, insuficiente como é visível.
      Bruno Lage, um treinador de formação e com formação, já detetou o problema do Fábio e está a tentar proporcionar-lhe aquilo que o garoto interrompeu: a sua formação pré-profissional. Mas o talento existe, o potencial também, se vai dar certo é uma questão de tempo e contra o tempo perdido, E vai depender, muito, do reconhecimento pelo Fábio que foi traído pelos interesses de propaganda e financeiros do seu “clube do coração”. Vai ter que crescer e “matar” o saloísmo portuense associado ao portismo. E sendo este o problema de fundo do FS, julgo podermos estar perante mais uma promessa falhada, duvido que o moço “cresça” fora do seu habitat natural. Ficaria triste se o tempo me vier dar razão, Finalmente, Vítor L. não sou cego e percebo “alguma” coisa de futebol. Não emprenho pelos ouvidos ou pelos olhos, penso: analiso a informação disponível, ainda que dispersa é formo opinião, é por isso que gosto tanto de futebol. Os “Pintinhos”, os “Mendes”, os “Nuno ES”, mais os 40 milhões, todo o folclore associado à ignorância não passam de lixo, no caso só o Fábio Silva me interessa.

    • O Fábio Silva saiu para a Premier League com 18 anos. Foi muito cedo. Ainda por cima, o Jimenez lesionou-se e foi logo lançado à feras.
      Saiu muito cedo, e quando se trata de um ponta de lança, ainda pior.
      Isso não quer dizer que seja um barrete. O Diogo Jota, Gonçalo Guedes, André Silva, Renato Sanches, também são barretes? Nenhum deles pegou no clube para onde foram transferidos. Mesmo o João Félix, só ainda está no Atlético porque custou 120 milhões, caso contrário já tinha sido despachado .
      Ao Fábio silva aconteceu o mesmo que ao Vitinha. Simplesmente o Vitinha teve a sorte de ser apenas emprestado, e não vendido, e assim pôde regressar ao Dragão para poder jogar, com a evolução que se vê.
      E é o mesmo que o Fábio Silva tem de fazer, tem de dar um passo atrás, jogar, ganhar confiança, para poder desenvolver o seu potencial.

      • Sem querer ser ofensivo, eis uma nota do mais trivial do “saber” de futebol. Uma ligeira correção, Vitinha regressou porque foi “dispensado”. E o Fábio Silva deveria dar “um passo atrás” e para onde? Convém recordar que FS tem e teve nos “Wolves” dois treinadores portugueses e um “bando” de jogadores portugueses como suporte. Reli o meu texto, sem querer ser pretensioso, está lá o essencial sobre a estagnação de FS.
        Quanto ao João Félix, o caro não sabe bem o que diz ao ser tão afirmativo. Tenho o hábito de aceder aos “sites” de Espanha e pouco ou quase nada me interessam os portugueses quando se trata de João Félix. O garoto é considerado o melhor jogador do At. Madrid, incluindo os adeptos. Por exemplo, deve ter lido ou ouvido qualquer coisa sobre um voto de confiança diretivo a Simeone face aos maus resultados da época. Não preciso ser bruxo para saber que JF esteve no centro da discussão e, por coincidência, o moço passou a ser titular . Também por coincidência, jogadores que estava em depressão, casos de Oblak e Koke, por exemplo, subiram de forma com o novo estatuto de JF. É visível para quem !quer” ver que havia um grande descontentamento dentro da equipa com a forma como Simeone tratava o garoto, sendo claro que a maioria dos colegas o aceitam como líder do jogo da equipa, o choque inicial dos 120 M já passou há muito, não é assunto de balneário.
        Não sai do At. Madrid porque ao contrário do que muitos portugueses pretendem, não se desvalorizou um cêntimo. Todos os clubes importantes e respetivos treinadores querem JF, obviamente não incluo Fernando Santos entre os “grandes” treinadores.
        Finalmente, há uns tempos atrás, o “El País” publicou a informação que uma grande empresa do audiovisual “elegeu” (em 2020) os quatro jovens jogadores que, segundo um estudo, deveriam ser as estrelas da bola da década: Mbappé, Halland, o infeliz Ansu Fati e João Félix, o “bando dos quatro”. Essa é uma das razões porque continua em Madrid. Engraçado, Simeone disse, meses atrás, que “João Félix tem drible, velocidade, jogo aéreo e tem golo”. Uma afirmação destas, definindo o jogador “quase” perfeito, dá que pensar.

        • Aproveito para dar também uma correcção.
          O Vitinha foi emprestado ao Wolves, com opção de compra. O Wolves não exerceu a opção, por isso o jogador regressou ao seu clube. Não foi ‘dispensado’.
          Talvez com exemplos do Benfica perceba. Tal como o Florentino não foi ‘dispensado’ pelo Mónaco. Nem o Gedson e o Vinicius foram ‘dispensados’ pelo Tottenham. Esses jogadores foram emprestados, os clubes não exerceram a opção no fim do empréstimo, e regressaram ao seu clube, o Benfica. Não foram ‘dispensados’.
          Agora um esclarecimento. Dar um passo atrás significa mudar para um campeonato e/ou clube de menor exigência, de modo a jogar com regularidade, e ter mais hipóteses de fazer boas exibições. Mais uma vez, dou um exemplo do Benfica para que perceba. Tal como fez o Vinicius, foi para o Tottenham, não rendeu, o Tottenham não exerceu a cláusula de compra, e regressou ao Benfica (regressou, não foi ‘dispensado’). agora está no PSV, com um rendimento muito melhor (o campeonato holandês é menos exigente que o inglês, caso não saiba). E o Vinicius tinha 25/26 anos quando fez isso, e fez-lhe bem, imagine-se o que pode fazer por um miúdo de 19/20 anos.
          Quanto ao João Félix, torna-se mais difícil responder. O João Félix o melhor jogador do Atlético? Líder de balneário? O Simeone ia ser despedido pela forma como tratava o João Félix?
          Sem querer ser ofensivo, isto entra no campo da fantasia. Muito poderíamos falar acerca do João Félix, do seu valor e se correspondeu às expectativas, mas não me parece que valha a pena.

  2. Muitos ficam pelo caminho sobretudo quando se começam a imaginar vedetas e a querer entrar noutros campeonatos e, nessa altura nem todos têm capacidade para aguentar devido ao ambiente estranho e à falta de experiência! Mas como o dinheiro fala mais alto do que o saber, às vezes termina tudo num pesadelo!

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