Democratas-cristãos vencem na Alemanha, mas o AfD faz a festa. Conservadores podem passar Liberais no pódio europeu. Em Portugal, as urnas já fecharam — e a afluência ultrapassou a das eleições de 2019 pelas 17h00.
As urnas começaram a fechar em alguns dos 27 Estados-membros que este domingo foram a votações para o Parlamento Europeu.
No entanto, só às 22h00 é que começam a ser divulgados resultados.
Em Portugal, pelas 17h30, a afluência às urnas era de 32,73%, de acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE) em mais de 10 milhões de eleitores chamados a votar e com 21 eurodeputados para eleger.
A afluência ultrapassou a das eleições de 2019 a duas horas do fecho das urnas.
E nos outros 26, já vão havendo novidades.
Extrema-direita vence na Áustria
O Partido da Liberdade da Áustria, de extrema-direita, venceu as eleições para o Parlamento Europeu (PE) no país com 27%, de acordo com as primeiras projeções divulgadas.
O Freiheitliche Partei Österreichs (FPÖ) venceu com 27%, segundo as primeiras projeções divulgadas pelo PE e em linha com o que as sondagens perspetivavam, o que lhe dará seis dos 20 lugares a que a Áustria tem direito no hemiciclo.
O FPÖ faz parte do grupo Identidade e Democracia (ID) no Parlamento Europeu, que agrega uma parte das forças políticas de extrema-direita dos países da União Europeia.
O Partido Popular Austríaco (Österreichische Volkspartei, ÖVP) foi o segundo mais votado com 23,50%, conquistando cinco lugares no PE para o Partido Popular Europeu (PPE).
O Partido Social-Democrata (Sozialdemokratische Partei Österreichs, SPÖ) elegeu também cinco eurodeputados para os Socialistas & Democratas (S&D).
Os Verdes – Alternativa Verde (Die Grünen – Die Grüne Alternative) conquistaram 10,50% dos votos e elegeram dois eurodeputados, o mesmo número que os liberais do NEOS – Das Neue Europa.
Democratas-cristãos vencem na Alemanha
Extrema-direita não vence, mas cresce na Alemanha, que elege o maior número (96 em 720) de eurodeputados.
Os democratas-cristãos da CDU/CSU venceram as eleições com 29,5% dos votos e 29 mandatos, segundo as estimativas nacionais.
A extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD, de extrema-direita), surge em segundo com 16,5% e 17 eurodeputados (mais oito do que em 2019).
Em terceiro surge o SPD (centro-esquerda), que com 14% deverá perder dois assentos para 14; em quarto estão os Verdes que, por sua vez, venceram num país próximo.
Verdes vencem nos Países Baixos
A aliança de centro-esquerda formada pelos Verdes e social-democratas, GL-PvdA, venceu as eleições para o Parlamento Europeu nos Países Baixos, seguida pelo partido de extrema-direita de Geert Wilders, segundo os primeiros resultados anunciados hoje pelo Parlamento Europeu.
Nos Países Baixos, o primeiro Estado-membro da União Europeia (UE) a votar, na quinta-feira passada, a lista liderada por Frans Timmermans conseguiu eleger oito eurodeputados (quatro para o grupo dos Socialistas e Democratas e quatro para os Verdes), com 21,60% dos votos, mais um que o Partido para a Liberdade (PVV), de Geert Wilders, que venceu as legislativas há seis meses.
Wilders, cujo partido pertence ao grupo de extrema-direita Identidade e Democracia (ID), dispara assim a sua representação no hemiciclo europeu, onde tinha neste mandato um lugar, ao alcançar 17,7% dos votos.
Em terceiro lugar, o Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), do primeiro-ministro cessante, Mark Rutte, membro do grupo dos Liberais (Renovar a Europa), teve 11,60% dos votos e quatro eleitos.
A taxa de participação foi de 46,6%.
Centro-direita vence na Grécia
A Nova Democracia, de centro-direita, vence as eleições na Grécia com 30%. O país conta com 21 eurodeputados, tal como Portugal.
O Syriza, da esquerda radical, obteve 16,7% e ficou em segundo; o Pasok, de centro-esquerda, ficou em terceiro com 12,4% .
Liberais podem ser ultrapassados pelos Conservadores no pódio
O Partido Popular Europeu (PPE) deve continuar, com base nas estimativas, a dominar como grupo político, no centro-direita, com 187 assentos, com os Socialistas e Democratas nas costas (139).
Na terceira posição, os liberais do Renovar a Europa (RE) podem perder espaço para os Conservadores e Reformistas Europeus (ECR). Está, segundo o Expresso, “taco a taco” — 81 para 80 mandatos, nas projeções.
Em quinto surge a família do Chega, Identidade e Democracia (ID), de extrema-direita, com os Verdes e a Esquerda a seguir.
ZAP // Lusa