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Central nuclear na China
Rápida e barata: nova tecnologia descoberta na China pode revolucionar a produção de energia nuclear num país onde esta tem cada vez mais valor.
Uma equipa de investigadores chineses desenvolveu uma tecnologia extremamente eficiente em termos energéticos e de baixo custo para extrair urânio da água do mar, através de uma técnica eletroquímica.
Porque é que isto é importante? Porque existem 4,5 mil milhões de toneladas de urânio nos oceanos — só que é extremamente difícil extraí-lo, devido ao facto de estar altamente diluído.
Para além de ser mais barata do que as tecnologias até agora testadas, esta metodologia gasta menos energia — cerca de 1000 vezes menos —, e extrai, através de dois elétrodos de cobre, 100% dos átomos de urânio de uma solução salgada semelhante à água do mar em 40 minutos.
Para referência, os dispositivos até agora concebidos eram capazes de extrair neste tempo apenas 10%, denota a New Scientist.
Aumentar o tamanho e o volume dos novos dispositivos – juntamente com a possibilidade de empilhá-los ou conectá-los entre si – poderia conduzir à “industrialização da extração de urânio da água do mar no futuro”, escrevem os autores do estudo publicado na Nature esta semana, a 12 de maio.
A indústria nuclear chinesa importa quase todo o urânio que utiliza, pelo que esta inovação é um passo em frente para o país um dos maiores produtores de energia nuclear do mundo (e que se quer tornar o maior até 2030), que está mais perto de a criar de forma independente.