/

Explosões no aeroporto de Aden à chegada do novo Governo do Iémen. Há cinco mortos e vários feridos

Stringer / EPA

Pelo menos uma grande explosão sacudiu esta quarta-feira o aeroporto de Aden, quando um avião que transportava o novo Governo de unidade chegou à capital provisória do Iémen.

A origem da explosão é ainda desconhecida, mas funcionários do aeroporto disseram à agência Associated Press que viram corpos caídos na pista e em outros lugares do aeroporto.

De acordo com um correspondente da agência francesa de notícias, presente no local, foram duas as explosões e aconteceram quando o avião pousou e os ministros começaram a sair.

A emissora britânica BBC adianta que há registo de cinco mortos. Uma fonte da segurança do aeroporto adiantou à AFP que há vários feridos, mas nenhum entre os ministros presentes.

Imagens da cena foram partilhadas nas redes sociais e mostram entulho e vidros partidos espalhados perto do edifício do aeroporto e pelo menos dois corpos, um deles carbonizado, caídos no chão. Uma outra imagem mostra um homem a tentar ajudar outro cujas roupas estavam rasgadas.

Os ministros, chefiados pelo primeiro-ministro, Maeen Abdulmalik Saeed, estavam a regressar a Aden depois de terem tomado posse na semana passada como parte de uma remodelação após um acordo com os separatistas rivais do sul.

O Governo internacionalmente reconhecido do Iémen exerceu, durante anos de guerra civil no país, num exílio autoimposto na capital saudita. O Presidente do Iémen, Abed Rabbo Mansour Hadi, também exilado na Arábia Saudita, anunciou uma remodelação do Governo no início deste mês.

O país, pobre e devastado pelos conflitos, formou novo Governo de unidade entre ministros pró-poder e separatistas em 18 de dezembro, sob a égide da Arábia Saudita.

Os dois lados, que disputavam o poder no sul, são, no entanto, aliados contra os rebeldes Huthi, apoiados pelo Irão, que tomaram grande parte do norte do país, incluindo a capital Sanaa.

Profundas divisões no campo anti-Huthi surgiram nos últimos anos entre apoiantes do Governo e separatistas do sul, que os acusam de corrupção e conivência com os islâmicos.

A Arábia Saudita intermediou um acordo para partilha do poder no sul e tem tentando, há mais de um ano, formar um novo Governo de unidade para manter a coligação unida contra os Huthis, que se têm aproximado de Marib, o último reduto do Governo do norte.

A guerra no Iémen mergulhou o país, o mais pobre da Península Arábica, na pior crise humanitária do mundo, segundo a ONU, com quase toda a população à beira da fome e ameaçada por epidemias.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.