/

Experiências de quase-morte: luz branca ao fundo do túnel pode ter explicação

16

Owl's Flight / Flickr

Pessoas que estiveram à beira da morte afirmam ter visto uma luz branca brilhante ao fundo de um túnel e encontrado familiares ou animais de estimação. Apesar do tom sobrenatural, a ciência consegue explicar o fenómeno.

Experiências próximas à morte são “um acontecimento psicológico profundo com elementos míticos”, explicam os especialistas Neil Dagnall e Ken Drinkwater, recordando que pode ser provocado pela imensa dor física ou emocional, mas também depois de sofrer ataques cardíacos ou lesões cerebrais traumáticas.

Um terço das pessoas, que passaram por isto, assegura ter experimentado sensações comuns como satisfação, separação psíquica do corpo, movimento rápido através de um túnel largo e escuro e até ver uma luz a acender-se ao fundo do dito túnel.

Um papel importante pode ser desempenhado pela idade e cultura. Por exemplo, muitos hindus afirmam ter se reunido com deus da morte Yama, enquanto os norte-americanos falam de encontro com Jesus – há casos de crianças que até descrevem encontro com amigos e professores.

Em 2009, os neurocientistas Olaf Blanke e Sebastian Dieguez propuseram tipologia de experiências de quase-morte. No primeiro tipo, um trauma na região direita do cérebro resulta em uma sensação alterada de tempo e dá impressão de voo. O segundo tipo, ligado a danos na região esquerda do cérebro, é caracterizado pela comunicação com espíritos e pela perceção de vozes ou música.

Outro papel importante dos lobos temporais consiste em envolver-se no processamento da informação sensorial e da memória, por isso atividade anormal destes lobos pode produzir sensações estranhas.

Apesar de existirem diversas de teorias, é difícil encontrar uma explicação exata. Os especialistas destacam que pessoas religiosas creem que os episódios à beira da morte oferecem evidências de que existe uma vida depois da morte, particularmente, separação do espírito do corpo físico. Explicações científicas apontam para a despersonalização que é como se define a sensação de estar separado do corpo.

Em 1979, o cientista Carl Sagan sugeriu que o stress da morte produz uma recordação do nascimento, sugerindo que o “túnel” que se vê é uma nova imagem do canal de parto.

No entanto, outros investigadores ligam estas experiências à anoxia cerebral, ou seja, falta de oxigénio no cérebro. Neste sentido, há testemunhos de pilotos aéreos que experienciaram perda de consciência durante acelerações rápidas e descobriram caraterísticas similares às experiências próximas à morte, como a visão do túnel. A falta de oxigénio também pode desencadear convulsões do lobo temporal, causando alucinações.

Porém, a explicação mais estendida é “a hipótese do cérebro moribundo” que propõe que as experiências próximas à morte são alucinações causadas pela atividade no cérebro à medida que as células começam a morrer. Esta teoria, contudo, não explica todas as sensações, tais como experiências extra-corporais.

ZAP // Sputnik

Siga o ZAP no Whatsapp

16 Comments

  1. Eis o estertor de uma determinada ala casmurra da comunidade científica, que comete recorrentemente o mesmo erro gnoseológico: Tentar explicar o desconhecido com base no conhecido.

    É como querer explicar números fraccionários com números inteiros. Uma estupidez do ponto de vista de lógica e um querer agarrar-se desesperadamente à crendice de que a ciência já sabe tudo o que havia pra saber. Se a ciência ainda não explica, então não pode existir… E se existe tem de ser explicado por coisas que a ciência já conhece. A pensar desta maneira a ciência nunca teria evoluido… Mas há sempre uma ala de velhos do restelo que se agarram ao que já sabem como uma religião e não aceitam que a ciência se expanda para novos campos.

    Neste caso, tentam explicar a consciência (que é não local e não temporal) com fenómenos materiais existentes no espaço e no tempo, como o cérebro. Uma incongruência lógica… A consciência não é produzida no cérebro. Até a ciência actual sabe isso… A memória e as emoções, sabe-se hoje que podem ser manifestadas em células de todo o corpo e não apenas nas cerebrais. A consciência transcende a matéria… Aliás a matéria apenas existe porque a consciência toma “consciência” dela. Como um computador que renderiza uma realidade virtual a partir de uma linguagem de informação que ele entende. Aquilo que nós experienciamos como realidade física material, no espaço e no tempo, incluindo o nosso cérebro é uma construção, ou melhor interpretação da consciência. A consciência é primordial e tudo deriva da consciência. Não existe matéria… Existe a experiência da matéria… Eu experiencio a sensação de matéria, ao tomar consciêncaia dela. O que existe é informação, é uma linguagem que a consciência interpreta como sendo esta realidade em que dizemos viver.

    Mas ok, falar nestas coisas eu sei que sem um estudo prévio da matéria (que a propósito obedece ao método científico), pode parecer fantochada. A história de que o mundo é redondo e de que a terra é que gira em torno do sol, também parecia fantochada há uns séculos atrás. Querer explicar a consciência como produto do cérebro, é tão primitivo quanto isso. Mas é o que se tem ensinado até aqui por isso, não sensuro que as pessoas ainda pensem assim. Também se ensinava que os electrões era partículas a orbitar em torno de um núcleo e hoje sabe-se que são uma nuvem de probabilidades. Toda a realidade e a matéria é assim… Probabilística e não sólida. Mas explicar isso a quem se espeta de mota contra uma árvore…. É como explicar antigamente às pessoas que a terra é que andava à volta do sol. Ora se elas viam o sol a mexer-se, não podia ser.

    • PARABÉNS, MIGUEL, PELO TEU COMENTÁRIO!…
      EU POSSO SER UM SÁBIO DESTE PAÍS LUSITANO (Como o sou e sem pretensiosismo empolado, embora pareça). MAS TU ÉS OUTRO!… A TUA RESPOSTA FOI LÓGICA, RACIONAL, ESCLARECIDA E VERDADEIRAMENTE SÁBIA!… O INTELECTUALISMO ARCAICO E NEOFÓBICO DO MISONEÍSMO DE MUITOS CIENTISTAS JÁ ESTÁ COMPLETAMENTE ULTRAPASSADO…
      Prof. Astrophyl (J.F.S.).

    • ………….play again? Se disser (pensar) que sim, a experiência da matéria continuará. O vento sopra de um para outro lugar e você não o vê. ……..sabe, porém, que ele está ali e você o sente. Ai, vem a resposta científica……, que se pretende sábia, afirmativa. Será? É certo que não logramos explicar, ainda, um infinito “arsenal” de fatos, que, porém, aceitamos pelo só fato de termos a sua percepção pelos sentidos do corpo (audição, paladar, tacto, …), que os experimentou no correr da vida. E é valido para todo ser vivo, que os transmite as suas descendências, lhes conhecendo a utilidade ou não. Há vida além da vida? Pelo visto há, porém, em que nível físico? Um dia a verdadeira ciência, que nada nega, pois transporta o não saber ainda para o campo cientifico da pesquisa, nos dará muitas resposta, até do que não soa relevante no momento.

    • JOÃO PARGO:
      QUANDO O SOL SE PÕE E SE OCULTA, MORRE E ACABOU-SE, DEIXOU DE EXISTIR, NÃO É VERDADE?… QUE LÓGICA TÃO RASTEIRA E INFANTIL DOS QUE PENSAM ASSIM!… APRENDAM COM A VERDADE E COM OS SÁBIOS, PORQUE TÊM QUASE TUDO PARA APRENDER!… Prof. Astrophyl (J.F.S.).

  2. O que hoje é uma verdade irrefutável, amanhã será uma mentira escandalosa.
    Deus está na renovação das coisas, na flor que se transforma em fruto, está na polinização, na espécie humana ou animal que se reproduz, no equilibrio do Universo, nós só somos uma ínfima parte da evolução, em que cada um faz a parte que lhe compete e para o qual está destinado, para que O Abstracto que lhe chamamos Deus prossiga a sua evolução, sem a morte não há evolução.

    • E NÃO ESQUEÇAMOS NUNCA QUE MORTE NÃO É ANIQUILAÇÃO, MAS APENAS A LEI DO TRANSFORMISMO UNIVERSAL EM AÇÃO!… NASCIMENTO E MORTE SÃO OS DOIS PÓLOS DA VIDA… QUE SEMPRE CONTINUARÁ…
      Lavoisier, em 1789, enunciou esta Lei da Conservação da Matéria, que a Ciência sabe, prescreve ou subscreve completamente:
      «Na Natureza nada se cria e nada se perde; tudo se transforma!».

    • 1.ª ) PARTE:
      O MÉDICO E INVESTIGADOR AMERICANO RAYMOND A. MOODY NÃO TEM A MÍNIMA DÚVIDA DE QUE A VIDA CONTINUA MUITO ALÉM DA ILUSÃO DA MORTE. E NÓS TAMBÉM NÃO, PELO MUITO QUE ESTUDÁMOS DESSAS REALIDADES!…
      O médico americano Raymond A. Moody tornou-se especialista em colecionar centenas de casos de EMI (Experiências de Morte Iminente) ou NDE (Near Death Experiences) de pessoas em estado de coma, que foram ao Além e que tiveram experiências fantásticas. O seu livro, «A Vida Depois da Vida», é admirável e revolucionário. A RTP-2 passou, há mais de 20 anos, sobre esse fenómeno, documentários magníficos, quase incríveis mas verdadeiros. E a Internet tem, no Youtube, todos os documentários originais. Só a Fundação Gallup (“Gallup Foundation”), americana, inventariou, já há muitos anos, cerca de 10/15 milhões de americanos que passaram por essa experiência, em estado de coma profundo.
      Nos Estados Unidos já há uma gama cada vez mais variada de médicos a divulgarem as EMI (Experiência de Morte Iminente) ou NDE (“Near Death Experiences”), frequentemente ocorridas nos hospitais, pois as pesquisas mais impor¬tantes dos últimos 20 a 30 anos mostram claramente que mais de 25% da população norte-americana passou por essas experiências do Limiar da morte, tendo tido expe¬riência direta do Além, em estados de consciência em que se sentiram completamente fora do corpo, em ocorrências espontâneas, geralmente provocadas por acidentes graves.
      Paz Profunda para todos!…
      (A Continuar na 2.ª Parte)

  3. desculpe interomper mas nao é exactamente o tunel em que mostram no foto, só sabe que o atravesou e nao que acha o que pode ser.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.