1.8 mil milhões de euros na Segurança Social, quase 1.6 mil milhões no excedente do Estado. Receita fiscal do Estado subiu 12,5%.
O Estado registou um excedente de 1.592,3 milhões de euros até março, uma subida face ao período homólogo, segundo os dados da execução orçamental divulgados nesta quarta-feira pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).
“As Administrações Públicas (AP) registaram, em março de 2025, um excedente de 1.592,3 milhões de euros, o que significa um aumento de 1.715,8 milhões de euros face ao período homólogo”, lê-se na síntese da DGO.
Este resultado deve-se a “um crescimento da receita (9,6%) superior ao ocorrido na despesa (2,9%)”, explica.
Segurança Social
O saldo da Segurança Social registou um excedente de 1.832,4 milhões de euros até março, acima dos 1.420,1 milhões de euros em igual período de 2024.
A despesa efetiva fixou-se em 8.780,3 milhões de euros, quando no período homólogo estava em 8.225,4 milhões de euros.
Por outro lado, a receita efetiva chegou aos 10.612,7 milhões de euros, valor que compara com os 9.645,5 milhões de euros registados no ano anterior.
Nos primeiros três meses do ano, destacam-se rubricas como o adicional à contribuição do setor bancário e o Adicional ao IMI (ambos 50%) e o complemento solidário para idosos (37,1%).
Já em sentido oposto aparecem, como exemplo, medidas excecionais e temporárias da covid-19 (-88,4%), que já foram sendo retiradas, e o complemento ao apoio extraordinário para crianças e jovens (-94,3%).
Receita fiscal do Estado
A receita fiscal do Estado subiu 12,5% para 13.562,6 milhões de euros até março, impulsionada pelo IRS e IRC.
“Em março de 2025, a receita fiscal acumulada do subsetor Estado totalizou 13.562,6 milhões de euros. Este valor representou um aumento de 1.502,7 milhões de euros (+12,5%) face ao período homólogo”, revelou o documento da DGO.
Nos impostos diretos, destaca-se um crescimento de 287,6 milhões de euros ou 6,1%, devido à evolução da receita do IRS – Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (+4,8%) e à receita do IRC – Imposto sobre o Rendimento de pessoas Coletivas (+22,7%).
Pagamentos em atraso
Os pagamentos em atraso das entidades públicas fixaram-se em 385,7 milhões de euros até março, uma descida de 55,7 milhões de euros em relação ao período homólogo, de acordo com a mesma síntese de execução orçamental.
“No final de março, os pagamentos em atraso das entidades públicas ascenderam a 385,7 milhões de euros, o que representa uma diminuição de 55,7 milhões de euros relativamente ao período homólogo”, lê-se no documento da Direção-Geral do Orçamento.
Em comparação com o mês anterior, verificou-se um acréscimo de 43,7 milhões de euros.
Para a evolução homóloga contribuiu uma quebra na Administração Central (-76,7 milhões de euros), excluindo as entidades do subsetor da saúde, na Administração Local (-23,8 milhões de euros) e nas Entidades Públicas Reclassificadas (-4,5 milhões de euros).
Ainda assim, esta baixa foi, parcialmente anulada, por um aumento na Administração Regional (44,8 milhões de euros) e na área da Saúde (4,5 milhões de euros).
Já no que diz respeito à variação mensal, o maior contributo foi o das Unidades de Saúde EPE (39,4 milhões de euros) e da Administração Regional (8,2 milhões de euros).
ZAP // Lusa