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Ex-Presidente da Coreia do Sul condenada a 24 anos de prisão

Song Kyung-Seok / EPA

Park Geun-hye, ex-Presidente da Coreia do Sul, foi condenada a 24 anos de prisão num caso em que foi acusada de abuso de poder e corrupção.

Esta sexta-feira, a ex-Presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, foi condenada a uma pena de 24 anos de prisão, num processo em que foi acusada de corrupção, abuso de poder e coerção.

“A presidente abusou do poder que lhe foi dado pelos cidadãos”, disse o juiz na leitura da sentença. A decisão envolve ainda o pagamento de uma multa de cerca de 14 milhões de euros.

De acordo com o Público, o tribunal deu como provado que Park agiu em conluio com a amiga Choi Soon-sil para receber milhões de won das grandes empresas sul-coreanas, para ajudar a família de Choi e organizações sem fins lucrativos.

A acusação pedia 30 anos de prisão e uma multa de 118 mil milhões de won (aproximadamente 91 milhões de euros) pelos 18 crimes alegadamente cometidos.

Durante a leitura da sua sentença, o juiz Kim Se-yoon disse que “a ré abusou do poder presidencial que lhe foi confiado pela população, e como resultado, causou um enorme caos nos assuntos de Estado, que resultou na sua impugnação, algo sem precedentes”.

Park Geun-hye, de 66 anos, sempre negou qualquer ato de corrupção e não esteve presente no tribunal. A sentença está a ser transmitida em direto pela televisão, algo que nunca aconteceu até hoje, dado que as autoridades coreanas consideraram que o caso tinha interesse público.

Em frente ao tribunal, juntou-se uma multidão com cerca de 1000 apoiantes da ex-Presidente coreana, que criticam o sistema judicial, considerando que “o império da lei está morto” na Coreia do Sul.

Park Geun-hy foi a primeira mulher a ser eleita para a presidência da Coreia do Sul e a primeira chefe de Estado a ser destituída, em dezembro de 2016, desde que o país voltou a realizar eleições democráticas. A decisão obrigou à antecipação das eleições presidenciais, ganhas pelo liberal Moon Jae-in.

ZAP //

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