O antigo juiz Rui Fonseca e Castro, novo líder do partido de extrema-direita Ergue-te, está a ser acusado do “rapto internacional” do filho de 10 anos pela ex-mulher, uma cidadã brasileira.
A ex-mulher de Fonseca e Castro tem a guarda unilateral da criança de 10 anos, segundo apurou a SIC Notícias que reporta o caso. Mas em Dezembro, trouxe a criança para Portugal, para passar as férias de Natal com o pai.
Contudo, quando pretendia voltar ao Brasil com o filho, o ex-juiz não lhe entregou a criança, ainda de acordo com a mesma fonte.
Como estamos perante uma situação que a justiça define como “rapto internacional”, a mãe teve que pedir às autoridades brasileiras para serem estas a alertar as autoridades portuguesas sobre o caso.
A Direcção-Geral da Administração da Justiça actuou, então, e já notificou o pai para entregar voluntariamente a criança à mãe no prazo de sete dias, apurou também a SIC. Se não o fizer, o caso segue para tribunal.
Ex-juiz matriculou criança na escola
O canal de notícias questiona as intenções do antigo juiz, apontando que este matriculou a criança numa escola de Ponte de Lima, o que será um indício de que não pretende entregar a criança à mãe.
O Ministério da Educação revela à SIC que Fonseca e Castro apresentou o passaporte da criança para a matricular. Contudo, a mãe garante ao canal que é ela que tem o passaporte e o Cartão de Cidadão do filho.
Rui Fonseca e Castro tornou-se conhecido pelas suas posturas anti-covid-19, mas já esteve envolvido em várias polémicas, incluindo vandalismo, falsas declarações, difamação, usurpação de funções e ofensa contra a honra do Presidente da República.
Nos últimos tempos, tem estado associado a várias iniciativas do grupo de extrema-direita Habeas Corpus, do qual será o líder, nomeadamente à criação de uma lista de “terroristas LGBTQIA+”.