O Parlamento Europeu e os estados da União Europeia (UE) alcançaram hoje um acordo sobre a união bancária, depois de uma noite de negociações, anunciou o grupo PPE (direita) num comunicado.
Este acordo político refere-se à liquidação ordenada de bancos da zona euro e tem como objetivo fazer com que o fardo financeiro caia sobre o setor bancário e não sobre os contribuintes.
“Foi encontrado um acordo hoje de manhã cedo, depois de 16 horas de negociações”, indicou o grupo PPE num comunicado.
A liquidação de bancos é o segundo pilar da união bancária, depois da supervisão única de bancos da zona euro, que será assegurada a partir do final deste ano pelo Banco Central Europeu (BCE).
Este acordo alcançado depois de grandes lutas representa “uma proteção real contra as falências bancárias”, explicou hoje o ministro das Finanças francês, Pierre Moscovici.
O acordo político surgiu poucas horas antes do início de uma cimeira de chefes de Estado e de governo dos 28 em Bruxelas e no limite do prazo para poder ser aprovado pelo Parlamento Europeu em meados de abril, na última sessão plenária da legislatura.
Caso o prazo não tivesse sido respeitado, o conjunto do texto teria de ser renegociado com a próxima composição do Parlamento, implicando uma grande perda de tempo na adoção da união bancária.
Um compromisso entre os estados já tinha sido difícil em dezembro devido à intransigência da Alemanha, cujas posições se mantiveram até ao fim muito longe das do Parlamento.
Os pontos de fricção referiam-se, em particular, ao mecanismo da tomada de decisão e ao ritmo do crescente poder do fundo que será adotado e constituído pelos bancos para acompanhar as falências do setor.
/Lusa