EUA acreditam que a Rússia já tem 70% das forças precisas para invadir a Ucrânia. Conflito pode matar 50 mil civis

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Sergey Dolzhenko / EPA

As forças ocidentais acreditam ainda que a resolução diplomática do conflito é cada vez menos provável. O conflito pode ainda causar uma crise humanitária de cinco milhões de refugiados, segundo os EUA.

De acordo com os dados das agências de inteligência norte-americanas, a Rússia está perto de terminar a preparação de uma invasão em grande escala da Ucrânia, tendo já 70% do poderio bélico pronto.

Os EUA acreditam ainda que um eventual conflito armado deixaria 50 mil civis mortos ou feridos e que o Governo de Kiev pode ser derrubado em apenas dois dias, mas não adiantam mais detalhes sobre como chegaram a estes valores. A crise humanitária pode causar 5 milhões de refugiados, escreve o The Washington Post.

Moscovo terá também enviado cerca de 110 mil soldados para a região fronteiriça com a Ucrânia e as forças ocidentais estimam que daqui a duas semanas já esteja tudo pronto para se avançar com uma invasão.

Segundo os americanos, as russas teriam estacionado na fronteira 83 batalhões, cada um destes com entre 750 e 1000 soldados. Há duas semanas, havia 60 destas unidades na região e haverá ainda mais 14 batalhões a caminho da fronteira. O objectivo de Moscovo estará entre os 110 e 130 batalhões.

Ainda não é claro qual é o plano de Putin, com os serviços dos EUA a sugerir que o Presidente russo tanto pode estar a preparar uma invasão total como a entrada parcial só no enclave separatista de Donbass.

Os responsáveis europeus e norte-americanos acreditam ainda que a possibilidade do conflito ter uma resolução diplomática é cada vez menor já que a Rússia continua a negar que está a planear um ataque, mas o Ocidente não está convencido disso.

Esta revelação surge numa altura em que o presidente francês, Emmanuel Macron, se está a dirigir a Moscovo para tentar aliviar a tensão e prevenir um conflito armado através da via diplomática.

Olaf Scholz, chanceler alemão, vai também deslocar-se a Washington antes de ir a Kiev a 14 de Fevereiro, sendo que logo de seguida irá à Rússia. Recorde-se que a Alemanha tem sido criticada por ter descartado a possibilidade de enviar tropas para apoiar Kiev no caso de uma invasão.

Os Estados Unidos disseram ainda na semana passada que Moscovo estará a forjar imagens de explosões e cadáveres com actores contratados para depois as usar como pretexto para invadir a Ucrânia. O governo do Reino Unido fez acusações semelhantes, mas nenhum dos executivos mostrou as provas que dizem ter.

“A loucura e o alarmismo continuam… e se disséssemos que os EUA poderiam tomar Londres em uma semana e causar 300 mil mortes civis?”, respondeu no Twitter o vice-embaixador de Moscovo na ONU, Dmitri Polianski.

Biden já repetiu que não enviará tropas para o território ucraniano, mas ordenou o envio de um contingente de 1700 soldados para Polónia e outros trezentos para a Alemanha.

Desde Janeiro de 2022, oito aviões norte-americanos aterraram em Kiev, depois de Biden ter aprovado 200 milhões de dólares em ajuda militar. Outros membros da NATO, como o Reino Unido e os estados bálticos, também estão a apoiar militarmente a Ucrânia.

Adriana Peixoto, ZAP //

4 Comments

  1. Esperemos que não haja a porcaria da guerra e que os americanos e europeus não avancem antes de Putin fazer um movimento. Se os ocidentais avançarem antes de Putin, aí sim haverá uma guerra bem feia.

  2. ~Falam da Rússia mas o Maior criminosos é os EUA e a NATO que invadem Países com Mentiras para poderem usurpar o Petróleo, ouro , Diamante, etc e deixam depois o Povo na Miséria, olhem o Estado em que ficaram os Países onde a América entrou

    • Devias tentar conhecer melhor a Rússia/Putin antes de comentar… podes andar distraído, mas ainda há pouco a Rússia invadiu e anexou a Crimeia e continua a “minar” o leste da Ucrânia…

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