Entre mísseis de longo e curto alcance e óculos de visão nocturna, as forças ucranianas já estão a ponderar que armamento devem comprar aos EUA na eventualidade de uma invasão da Rússia.
Com o crescimento das tensões entre a Ucrânia e a Rússia, com as forças do Ocidente a ameaçarem uma retaliação no caso de uma invasão por parte de Putin, o apoio militar dos Estados Unidos já é expectável, especialmente depois de Biden ter anunciado que vai fornecer 200 milhões de dólares em apoios militares a Kiev.
A Popular Mechanics enumerou as armas mais prováveis que os EUA devem vendem para complementar o arsenal ucraniano num eventual conflito de grande escala com o vizinho russo.
Um dos equipamentos no topo da lista pode ser o míssil anti-tanque AGM-148 Javelin. Washington já enviou alguns destes modelos entre as 47 unidades de lançamento de comando e os 370 mísseis que vendeu à Ucrânia, mas a quantidade acordada até agora pode não ser suficiente.
Este modelo de míssil é já mais antigo, mas continua a ser muito eficaz contra tanques e o seu alcance de 2.5 quilómetros permitiria às forças ucranianas defender cinco quilómetros da frente de combate ao mesmo tempo.
Outra opção pode ser o sistema de artilharia de rockets HIMARS, que consiste em seis tubos de rockets de 227 milímetros num chassis de um camião. Fácil de mover, esta opção continua a ser poderosa, já que pode lançar o Guided Multiple Launch Rocket System (GMLRS), um foguete guiado por GPS altamente explosivo.
Dada a predominância da artilharia com canhões no arsenal de Kiev, os mísseis com mais precisão podem ser úteis nos ataques às unidades russas mais longe das linhas da frente, como os quartéis, tendo um alcance de 70 quilómetros.
Os mísseis Stinger, de curto alcance e que podem ser transportados por um soldado, também devem estar na lista. Pesam 15 quilos e podem ser disparados a partir do ombro, com um alcance de cerca de 4.8 quilómetros, sendo uma arma de defesa importante contra aeronaves que voem perto do solo, que conseguem detectar através de infravermelhos.
Tendo em conta a vulnerabilidade no ar da Ucrânia, o reforço da sua força aérea deve ser uma prioridade. Os mísseis Stinger podem ser úteis para neutralizar a vantagem russa nos helicóptero e nos drones, podendo assim Kiev bloquear o transporte de armas entre as forças de Putin.
Os óculos de visão nocturna, como os AN/PVS-15, podem ser outra compra prioritária para a Ucrânia, já que são úteis no combate em proximidade que é comum na linha da frente no país.
Por fim, há os Dispositivos Explosivos Improvisados, que as forças norte-americanas usaram durante quase 20 anos nos conflitos no Iraque e no Afeganistão e que podem ser uma boa opção de reforço para as forças ucranianas.
Estes dispositivos eram plantados ao longo de estradas e rotas usadas pelos EUA, sendo detonadas debaixo de veículos que aparentemente estavam protegidos.