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Partes dos EUA e do México podem vir a enfrentar uma seca prolongada

Cientistas alertam que partes dos Estados Unidos e do México podem vir a enfrentar uma seca prolongada num futuro próximo.

Com base numa análise dos níveis de precipitação desde a viragem do século, e como estes se igualam aos níveis de humidade do solo registados por anéis de árvores nos últimos 1200 anos, cientistas sugerem que a região sudoeste da América do Norte pode vir a enfrentar a pior seca de sempre, escreve o Science Alert.

De acordo com os cientistas, as condições registadas nesta região desde 2000 correspondem aos tempos de seca severa no passado e, por isso, esta seca prolongada (megadrought em Inglês) até pode já ter começado.

A equipa responsável pelo estudo, publicado, na última sexta-feira, na revista Science, identificou quatro secas prolongadas particularmente graves, sendo que os anos entre 2000 e 2018 estão a superar três dessas secas em termos de falta de humidade (e estão intimamente ligados à quarta, de 1575 a 1603).

A análise também mostrou que esta seca atual está a afetar áreas mais amplas, e de forma mais consistente, fator que a equipa de investigadores atribui às alterações climáticas.

As secas anteriores foram provocadas por fatores naturais, como o arrefecimento da temperatura dos oceanos, que impediu que as tempestades chegassem à costa oeste dos Estados Unidos.

“Não importa se esta é a pior seca de todos os tempos. O que importa é que está a ser muito pior do que seria por causa das alterações climáticas”, afirma Benjamin Cook, cientista da Universidade de Columbia e um dos autores do estudo.

Esta pesquisa também mostra que o século XX foi o mais chuvoso dos 1200 anos abrangidos. “O século XX deu-nos uma visão excessivamente otimista de quanta água está potencialmente disponível. E isto mostra que estudos como este não são apenas sobre a história antiga, são sobre problemas que já nos afetam agora”, acrescenta Cook.

ZAP //

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