EUA aprova venda de frango criado em laboratório

SuperMeat / Facebook

Pela primeira vez, os EUA autorizaram, esta quarta-feira, a comercialização de carne de frango criada em laboratório. Duas empresas — GOOD Meat e UPSIDE Foods — receberam o aval do Departamento da Agricultura norte-americano.

Até esta quarta-feira, comer carne implicava matar animais, mas muito em breve, os norte-americanos vão poder consumir carne de frango criada em laboratório.

A empresa GOOD Meat anunciou que recebeu aprovação do Departamento de Agricultura dos EUA para vender em território norte-americano carne produzida em laboratório, através do desenvolvimento de células extraídas do corpo do animal.

“A notícia de que podemos produzir e vender carne cultivada nos Estados Unidos é um momento importantíssimo para a nossa empresa, para a indústria e para o sistema alimentar”, afirmou Josh Tetrick, co-fundador e CEO da empresa, que é uma divisão da Eat Just, Inc.

Em Singapura, que foi o primeiro país a autorizar vendas comerciais destas carnes, a empresa já vende frango cultivado em laboratório desde 2020.

Uma Valeti, fundador e CEO da UPSIDE Foods, empresa que também passa a poder vender a carne, mostrou-se feliz em declarações à NPR, afirmando que o aval “representa um passo histórico“.

As empresas já tinham obtido autorização da agência para a segurança alimentar nos EUA (FDA), mas a USDA aprovou na semana passada a conformidade das designações.

O produto da UPSIDE — cujo produto é composto por mais de 99% de células de frango — sabe, alegadamente, praticamente ao mesmo que frango ‘verdadeiro’.

Os produtos das duas empresas estarão disponíveis em breve em determinados restaurantes.

Aliás, a UPSIDE Foods já recebeu a primeira encomenda, diretamente do restaurante da chef francesa Dominique Crenn, detentora de uma estrela Michelin, em San Francisco.

Já o primeiro fornecimento da GOOD Meat deve ser destinado ao chef espanhol, José Andrés.

Na Europa, o cenário pode ser ligeiramente diferente. Recorde-se que, no passado mês de abril, foi aprovado um projeto-lei, pelo governo italiano, que proíbe o uso de alimentos e ração animal produzidos em laboratório.

O objetivo da medida é proteger a tradição e os produtores nacionais.

Aliás, muitas pessoas não gostam da ideia de comer carne criada em laboratório. Esta foi a conclusão da investigação que contou com 1,587 voluntários, cerca de 35% dos consumidores de carne e 55% dos vegetarianos diziam-se “demasiado enojados” pelo produto para sequer o consumirem.

ZAP //

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