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Vulcão Etna em erupção (a mais forte em 4 anos): explosão fez turistas fugirem na Sicília

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Vulcão Etna

Maior vulcão ativo da Europa com nova erupção, de tipo estromboliano, semelhante a um episódio ocorrido em 2014. No entanto, o sinal que dá é que está a acalmar.

O vulcão italiano Etna entrou novamente em erupção com fortes explosões, dele se elevando uma densa coluna de fumo e um jorro de material piroclástico (cinzas, rocha e magma) na vertente sudeste, foi divulgado esta segunda-feira.

A erupção de segunda-feira foi declarada encerrada esta terça-feira, mas o vulcão continua sob vigilância. As autoridades asseguraram que a erupção do Etna — o maior vulcão ativo da placa europeia, situado na ilha da Sicília, no sul de Itália — não é perigosa para a população, porque não ultrapassou um vale a 2.800 metros de altitude.

O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), a acompanhar a situação, confirmou com as suas câmaras térmicas a presença de fluxos piroclásticos, jorros com lava e gases em movimento ao nível do solo.

O fluxo, explicou o observatório, foi provavelmente causado pelo desmoronamento de uma parte da cratera sudeste, mas “o material quente não parece ter ido além” do Vale do Leão, que os caminhantes costumam atravessar na sua subida ao Etna.

O presidente da região da Sicília, Renato Schifani, excluiu “de momento” qualquer perigo para a população, segundo informações recebidas da Proteção Civil. “De acordo com os primeiros dados, o material não ultrapassou o limite do Vale do Leão e, segundo me garantiram, não há perigo para a população”, afirmou.

No entanto, os turistas a meio da caminhada no monte foram forçados a correr para longe de perigo:

A primeira notificação do INGV foi feita às 2h39 locais (1h39 de Lisboa) de domingo, altura em que alertou para “uma variação súbita dos parâmetros” a uma altitude de 2.800 metros no enorme e muito ativo vulcão siciliano. Em seguida, constatou uma atividade de tipo estromboliano — explosiva, mas libertando uma energia “modesta” — na cratera sudeste, bem como “um aumento progressivo” dos tremores.

O  INGV refere que a atividade explosiva na cratera sudeste deu origem a erupções de lava e que os tremores vulcânicos atingiram “valores muito elevados”.

Esta erupção do Etna — a 14ª nos últimos meses — pode ser perfeitamente observada a partir da cidade vizinha de Catânia (sul), que, no entanto, mantém o seu aeroporto operacional. De acordo com as medições dos técnicos, o nível de energia da atividade eruptiva em curso está a diminuir, que pode ser um sinal de que esta fase de erupções pode estar a chegar ao fim.

Stefano Branca, diretor do INGV, disse que “desde fevereiro de 2021 que não se registava uma atividade vulcânica tão intensa no Etna”, comparando esta fase eruptiva a um episódio semelhante ocorrido em 2014, de acordo com a agência de notícias italiana ANSA.

Apesar de tudo, o responsável da Proteção Civil siciliana, Salvo Cocina, recomendou aos caminhantes para terem “extremo cuidado” e “evitarem a zona em torno do cume do vulcão”. Pelo menos “até novo aviso”, devido à “potencial evolução do fenómeno”, sublinhou.

ZAP // Lusa

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