Investigadores das universidades de Dundee e Edimburgo, na Escócia, vão realizar um estudo que pretende revolucionar o diagnóstico da doença de Alzheimer.
O objetivo é viabilizar a detecção da doença degenerativa a partir de exames à vista.
Algumas pesquisas anteriores indicam que alterações nas veias e artérias oculares podem estar ligadas à ocorrência de derrames e doenças cardíacas.
Envelhecimento
O estudo destas universidades quer descobrir estas alterações não poderiam igualmente ser um “alerta prévio” para o Alzheimer, um mal que atinge mais de 35 milhões de pessoas no mundo, segundo estatísticas da ONG Alzheimer’s Disease International.
Com o uso de um software especialmente desenvolvido para o projeto, os pesquisadores vão analisar imagens em alta definição de olhos e também estudar uma base de dados médicos do Ninewells Hospital, o maior hospital universitário da Europa.
Para o líder do estudo, Emanuele Trucco, a importância do projeto está na possibilidade de diagnósticos preventivos baratos.
“Estamos a analisar a possibilidade de podermos examinar os olhos de um doente através de equipamento que não custa uma fortuna para termos a oportunidade de descobrir o que pode ser o risco de demência”, explica Trucco.
“Além de não ser um método invasivo, poderemos ainda estudar o uso do teste para diferenciar os tipos variados de demência”, refere à BBC.
O projeto irá custar cerca de 1,3 milhões de euros e a verba foi doada ao Conselho de Pesquisas em Engenharia e Ciência, agência do governo da Grã-Bretanha.
“O país enfrenta um grande desafio nas próximas décadas. Temos uma população a envelhecer e um provável aumento no número de casos de demência”, explica Philip Nelson, presidente da agência.
Com início previsto para abril de 2015, o estudo terá duração de três anos.
ZAP / BBC