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Descoberta nova espécie de pterossauro que viveu há 95 milhões de anos

Cientistas identificaram uma nova espécie de pterossauro, agora apelidada de Mimodactylus libanensis, que viveu há 95 milhões de anos.

De acordo com a revista Newsweek, os restos bem preservados desta criatura foram descobertos numa pedreira de calcário, no Líbano, há mais de 15 anos. Os autores do estudo, publicado na revista científica Scientific Reports, dizem que viveu dentro e à volta do Mar de Tétis — um oceano que separava os antigos supercontinentes Laurásia e Gondwana durante o Mesozoico (251 a 65,5 milhões de anos).

De acordo com os investigadores, este é o espécime de pterossauro mais completo já descoberto nesta região.

“Os espécimes de pterossauros ainda são bastante raros no continente africano. Neste estudo, descrevemos o material mais bem preservado deste grupo de répteis voadores conhecido até agora neste continente, lançando uma luz nova e necessária sobre a história evolutiva destas criaturas”, afirma em comunicado Alexander Kellner, autor do estudo e investigador do Museu Nacional do Rio de Janeiro, no Brasil.

Curiosamente, os cientistas dizem que o novo espécime identificado indica que os pterossauros eram um grupo mais diverso do que se pensava anteriormente.

“A diversidade destes animais é muito maior do que poderíamos imaginar e é provavelmente uma ordem de magnitude mais diversa do que poderemos descobrir a partir dos registos fósseis”, disse, por sua vez, Michael Caldwell, co-autor do estudo e investigador da Universidade de Alberta, no Canadá.

A nova espécie foi apelidada de Mimodactylus libanensis e forma um novo grupo de pterossauros com dentes juntamente com a espécie chinesa Haopterus gracilis.

“Isto significa que este pterodactyloidea libanês fazia parte de uma radiação de répteis voadores que viviam dentro e ao redor do antigo Mar de Tétis, desde a China a um grande sistema de recifes naquilo que hoje é o Líbano”, acrescenta Caldwell.

A região em que o M. libanensis viveu foi caracterizada por águas marinhas rasas, cheias de recifes e lagoas. É provável que este animal se tenha alimentado de crustáceos, muitas vezes conseguindo capturar as suas presas na superfície destas águas, de uma forma semelhante ao comportamento de caça de algumas aves marinhas modernas.

ZAP //

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