Escritórios partilhados revolucionam forma de trabalhar

Puncar Action / Flick

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Vários profissionais de áreas diferentes estão a partilhar o mesmo espaço de trabalho em cerca de 80 escritórios existentes por todo o país, permitindo economizar recursos, trocar ideias e aumentar a produtividade.

O conceito de coworking, que surgiu nos Estados Unidos da América no final do século XX, está a contribuir para revolucionar a forma de trabalhar em Portugal, com o surgimento de novos escritórios partilhados nas principais cidades do continente.

Nuno Coelho, um jovem de 19 anos e estudante de gestão de informação na Universidade Nova de Lisboa, decidiu criar uma plataforma online Cowork World Portugal, que facilita a procura pelos espaços de trabalho partilhado, através de um motor de busca por distrito e concelho.

O projeto, que pretende alargar a outros países, contabiliza em Portugal “cerca de 80 espaços de cowork, 39 deles já estão na nova plataforma, estando os outros em fase de migração”, referiu em declarações à agência Lusa.

Lisboa é a cidade com maior oferta de espaços partilhados, com um total 15 locais disponíveis, seguindo-se o Porto com 11, informou.

“No final de 2013 e início deste ano a tendência foi descentralizar, por isso abriram espaços noutras cidades: Aveiro, Coimbra, Faro, Castelo Branco ou Viseu são alguns distritos que contam pelo menos com um espaço de cowork”, explicou Nuno Coelho.

Num mesmo espaço, entre secretárias, gavetas e cacifos, criam-se os espaços de cowork, requisitados por empresas e profissionais independentes para trabalharem nos próprios projetos.

Menos custos, mais motivação

“Liberdade 229” é um dos escritórios partilhados existentes no centro de Lisboa, criado em junho de 2009 por Leo Xavier, um empreendedor de 31 anos, que precisava de aproveitar uma sala enorme dum apartamento do século XIX em plena Avenida da Liberdade.

“Celebramos este mês cinco anos de vida, e fora a rotatividade normal temos sempre tido mais procura do que oferta”, disse.

Em comparação com as despesas associadas a um escritório tradicional, “estes espaços partilhados permitem às empresas uma redução de custos, assim como novos contactos profissionais e troca de ideias”, explicou.

Para os trabalhadores freelancer, estes espaços funcionam como “um local que os motiva, aumenta a produtividade e separa a vida pessoal da profissional ao terem um espaço de trabalho”.

O espaço aberto 24 horas por dia e todos os dias tem a capacidade de receber 30 pessoas.

A desvantagem de um espaço de cowork é a limitação de tamanho, “quando uma empresa começa a crescer, abandona o ninho para um escritório maior e talvez próprio”, refere Leo Xavier.

/Lusa

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