A sua escolha de animal de estimação diz muito sobre a sua personalidade

Uma nova pesquisa sugere que os donos de cães são geralmente mais resilientes do que os donos de gatos.

Um estudo recente publicado na Anthrozoös desafiou o velho ditado “lutar como cães e gatos”, revelando que a divisão percebida entre os donos de cães e gatos pode refletir mais as suas personalidades do que os próprios animais.

A pesquisa examinou a correlação entre a posse de animais de estimação e os traços de personalidade e a resiliência, revelando diferenças notáveis entre os donos de cães e gatos.

O estudo, que inquiriu 329 indivíduos, centrou-se nos “Cinco Grandes” traços de personalidade: extroversão, agradabilidade, abertura, conscienciosidade e neuroticismo. Além disso, avaliou a resiliência pessoal, particularmente em resposta a circunstâncias stressantes ou de isolamento.

Os resultados sugerem que os donos de cães tendem a apresentar uma maior resiliência e níveis mais baixos de solidão, em comparação com os donos de gatos, que se revelaram mais neuróticos.

Os investigadores descobriram ainda que a resiliência exibida pelos donos de cães pode explicar por que eles relataram sentir-se menos solitários durante os confinamentos causados pela pandemia, frisa o Science Alert.

No entanto, o estudo levanta questões sobre a relação causal entre a posse de animais de estimação e a personalidade. Será que os cães fomentam a resiliência ou será que as pessoas que são naturalmente resilientes têm mais tendência para ter cães? Por outro lado, será que os gatos contribuem para as tendências neuróticas dos seus donos, ou será que as pessoas com essas tendências gravitam em torno dos gatos?

A psicóloga e co-autora do estudo Jessica Oliva sugere que a última hipótese é mais provável. “Simplificando, as pessoas que têm uma predisposição natural para serem resilientes podem gostar mais de cães, em vez de ser o cão a fazer com que as pessoas sejam resilientes”, considera.

Apoiando esta noção, um estudo mexicano citado na investigação indicou que, enquanto as relações com gatos são emocionalmente menos exigentes, tornando-as mais fáceis de manter, o custo emocional mais elevado das relações com cães pode levar a uma maior proximidade emocional. Isto pode atrair indivíduos que gostam de desafios e responsabilidades, tornando-os mais propensos a escolher cães como animais de estimação.

O estudo também salientou que fatores para além da personalidade, tais como hábitos de vida, situações de vida e uma afinidade natural com um determinado tipo de animal de estimação, desempenham um papel significativo nas decisões de posse de animais de estimação. Curiosamente, existem até provas que sugerem que as preferências por animais de estimação podem ser influenciadas pela genética, sendo herdados certos traços de personalidade e propensões para ter animais específicos.

Independentemente das razões subjacentes às escolhas dos animais de estimação, o estudo sublinha a importância de ponderar cuidadosamente a decisão de adquirir um animal de estimação.

ZAP //

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