O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou a Amnistia Internacional de estar a preparar uma nova tentativa de golpe de Estado no seu país, citando informações da inteligência turca.
A Amnistia Internacional está a exigir que a Turquia liberte a directora da ONG no país, que foi detida na quinta-feira passada, juntamente com activistas da organização, que estão presos em Istambul.
Durante a conferência de imprensa realizada por ocasião do encerramento da cúpula do G20 em Hamburgo, um dos jornalistas lembrou ao presidente turco, Recep Erdogan, que a Amnistia Internacional o defendeu, quando foi preso durante quatro meses em 1997. O jornalista pediu a libertação dos activistas presos.
“Eu fui preso por ler um poema. E eles não foram presos, foram detidos. Segundo os dados da inteligência, eles reuniram-se num hotel na ilha de Buyukada, para discutir a continuação do golpe de Estado. Por isso é que a polícia os deteve. Agora o caso será avaliado pela justiça. Não sei o que a investigação vai determinar”, afirmou Erdogan.
A Amnistia Internacional denunciou, esta quinta-feira, a detenção de Idil Eser, directora da organização na Turquia, e de sete activistas de direitos humanos, no momento em que se encontravam numa acção de formação sobre segurança informática em Buyukada. A organização exige a libertação imediata dos prisioneiros.
“Estamos profundamente perturbados e indignados com a detenção descarada sem acusação formada de alguns dos mais destacados activistas dos direitos humanos na Turquia, incluindo a directora da Amnistia Internacional no país”, afirmou o secretário-geral da Amnistia Internacional, Salil Shetty, num comunicado enviado às redacções.
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