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Equipa portuguesa salva criança de 10 anos na Turquia

Erdem Sahin / EPA

A equipa portuguesa que está a ajudar na procura de sobreviventes do sismo da Turquia conseguiu este sábado resgatar uma criança de 10 anos em Antáquia, afirmou a secretária de Estado da Proteção Civil.

“Uma alegria sem precedentes! Ao terceiro dia de missão, a Força Nacional portuguesa na Turquia resgata com vida uma criança presa nos escombros! Anos de treino, exercícios e formação… Não há melhor recompensa!”, escreveu Patrícia Gaspar, na sua conta na rede social Twitter, numa publicação que mostra uma imagem do salvamento.

Uma publicação da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) na rede social Facebook detalhou que a criança tem 10 anos, chama-se Baran, e o salvamento aconteceu na localidade de Antáquia, região de Hatay.

Hoje, o comandante da equipa portuguesa que está em Antáquia tinha dito à Lusa que ainda não encontrou qualquer pessoa com vida naquela que é uma das cidades mais afetadas pelo sismo, mas a esperança “nunca vai morrer” até à hora de desmobilização.

“Infelizmente, ainda não encontrámos ninguém com vida. Já passámos por muitos mortos, mas o objetivo é encontrar alguém com vida e resgatá-la”, afirmou o comandante da operação portuguesa no terreno, José Guilherme.

No local, estão 52 operacionais da Proteção Civil, Guarda Nacional Republicana e emergência médica, incluindo seis cães, divididos em duas equipas que fazem turnos de cerca de 12 horas, trabalhando 24 sobre 24 horas no apoio aos esforços de busca e salvamento, desde o dia que chegaram, quarta-feira, a Antáquia, no sudeste da Turquia.

“É uma emoção muito grande”

José Guilherme afirmou este sábado que foi “uma emoção muito grande” conseguir resgatar uma criança, depois de vários dias sem sucesso.

“É uma emoção muito grande para nós. Isto é o corolário daquilo que estamos a fazer aqui, da entrega dos operacionais e vamos continuar o nosso trabalho, que é salvar vidas”, disse à agência Lusa José Guilherme.

Segundo José Guilherme, a equipa foi alertada por populares que teriam ouvido algum som de um prédio que estava parcialmente destruído. As equipas cinotécnicas foram acionadas e os cães deram sinal de que haveria alguém com vida, por debaixo dos escombros.

“Depois, foi trabalho de equipa, perceber os sons que se ouviam, se seriam de alguém, fazer furação e chegar o mais perto possível da criança para se ter a confirmação de que estaria um ser humano vivo”, explicou.

As operações de resgate demoraram um total de três horas e meia, acrescentou José Guilherme.

“Acabou por acontecer um milagre, porque a esperança é a última a morrer e cá vamos continuar, à espera de salvarmos mais pessoas”, frisou o comandante da missão portuguesa.

ZAP // Lusa

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