Portugal foi a Madrid retribuir a visita de Espanha a Lisboa, no passado mês de Outubro, em jogo de preparação para o EURO’2020… e também retribuiu o resultado.
Tal como no anterior duelo ibérico, as duas formações não marcaram qualquer golo, apesar de terem disposto de algumas ocasiões para tal. Uma partida que revelou a identidade das duas selecções, uma Espanha dominadora, com “vício” de ter bola, um Portugal sólido e pragmático que teve neste compromisso um útil ensaio geral para os embates com França e Alemanha.
Portugal já a pensar em França e Alemanha
Quem conhece a selecção de Espanha sabe que “la roja” gosta de ter bola, mesmo que às vezes se esqueça de que o futebol tem balizas, e foi isso que aconteceu na primeira metade do encontro, perante uma formação lusa numa espécie de 4-4-1-1, com Cristiano Ronaldo mais adiantado. Homens da casa muito mandões, a empurrar Portugal para o seu terço defensivo diferente quase todo o tempo, mas sem grande objectividade, com um futebol muito rendilhado.
Sensivelmente a meio da etapa inicial, Espanha tinha incríveis 73% de posse de bola, mas nenhuma das equipas registava remates, embora Portugal já tivesse um golo anulado (marcado por José Fonte). E chegou ao descanso com dois disparos, contra um dos portugueses, mas remates enquadrados nem vê-los. A maior parte dos jogadores da casa tinham um posicionamento médio acima da linha de meio-campo, os portugueses o inverso.
O jogo reiniciou-se partido, com lances de perigo nas duas áreas, e aos 60 minutos, bom trabalho de Cristiano Ronaldo, a cruzar para cabeceamento perigoso de Diogo Jota. O meio-campo português estava mais impositivo e a controlar melhor os movimentos espanhóis, que só no último quarto-de-hora, já com as muitas substituições a terem lugar, voltou a assumir o controlo e o domínio dos acontecimentos, com boas trocas de bola na frente.
Perto do fim foi Rui Patrício a negar o golo à Espanha, e nos descontos, Alvaro Morata, isolado, acertou na barra. Conclusão? Espanha igual a si própria, sem efectividade no último terço. Portugal sólido defensivamente, por vezes cínico, sem necessitar de bola para controlar os acontecimentos. Será assim no “grupo da morte”?
O MVP GoalPoint
Na primeira parte, na segunda, ao longo de todo o jogo. Sérgio Busquets foi o MVP da partida, embora não com um GoalPoint Rating extraordinário, somente um 6.1, mas que reflecte a espécie de “ancora” que o jogador do Barcelona foi para a “la roja”. O “trinco” terminou a primeira parte com oito recuperações de posse e no final somava 12, o máximo da partida. Destaque também para 91% de eficácia nos 53 passes realizados.
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