Que a Engenharia esteja contigo. Já sabemos como criar armas de laser ao estilo de Star Wars

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Finn, um dos protagonistas de “Star Wars VII: The Force Awakens”

Um novo estudo abre a porta à criação de armas de laser até nove vezes mais potentes do que as que existem actualmente.

Os cientistas alcançaram um avanço significativo na tecnologia laser, abrindo caminho para o desenvolvimento de armas laser infravermelhas de alta potência, semelhantes aos famosos sabres de luz da Guerra das Estrelas.

De acordo com o estudo publicado na Nature Communications, este avanço permite que os lasers sejam até nove vezes mais potentes e pode ter aplicações militares.

Atualmente, já há exércitos um pouco por todo o mundo a apostar nas armas de laser, mas estas são limitadas em força e só podem desativar pequenos alvos aéreos. Estas armas usam fibra óptica de modo único, que transmite um único comprimento de onda de luz através do núcleo da fibra, produzindo um feixe focalizado. Contudo, o poder destes lasers é limitado devido à luz ser confinada a uma área pequena.

Em contraste, a fibra óptica multimodo, capaz de transmitir múltiplos modos de luz, pode amplificar significativamente o poder da luz infravermelha emitida, entre três a nove vezes. Mas até agora, esta tecnologia produzia feixes que eram desordenados e desfocados, dissipando o poder ao longo de longas distâncias devido à dispersão.

A nova pesquisa, financiada pela Força Aérea dos Estados Unidos, oferece uma solução para este desafio. A equipa de pesquisa, liderada por Stephen Warren-Smith e Linh Nguyen da Universidade do Instituto de Indústrias Futuras da Austrália do Sul, descobriu um método para limitar a dispersão da luz em fibras multimodo. Esta abordagem pode permitir a criação de lasers que são tanto de alta potência quanto capazes de formar feixes estreitos e suaves.

Esta tecnologia pode revolucionar os lasers militares de alta qualidade, permitindo a criação de armas de energia direcionada mais eficazes. Empresas como a Lockheed Martin já estão a planear desenvolver armas a laser na faixa de 500 kilowatts, explica o Live Science.

Os lasers recém-propostos poderiam desativar sistemas de navegação inimigos ou causar danos térmicos significativos a veículos e maquinaria. Diferentemente da tecnologia laser atual que visa objetos pequenos e de curto alcance, estes lasers avançados poderiam atingir uma gama mais ampla de alvos.

Uma vantagem significativa das armas laser é a sua rentabilidade em comparação com as munições tradicionais, dado terem um “carregador” quase ilimitado, sendo a eletricidade a única fonte de energia necessária. Isso torna-as particularmente adequadas para combater drones autónomos.

Além das aplicações militares, os investigadores preveem usos na detecção remota, onde lasers de alta potência poderiam medir velocidades do vento a distâncias maiores do que as atualmente possíveis. Além disso, estes lasers são cruciais para a pesquisa de detecção de ondas gravitacionais.

A possibilidade de uso desses lasers poderosos num futuro próximo marca um avanço significativo na tecnologia, embora estejam longe de alcançar as capacidades de armas ficcionais como a Estrela da Morte. Ufa.

Adriana Peixoto, ZAP //

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