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Cientistas descobrem o limite máximo da velocidade do som

Adrian ... / Wikimedia

Caça Eurofighter Typhoon

Trinta e seis quilómetros por segundo. Este é o limite máximo da velocidade do som, de acordo com uma nova conduzida pelas universidades de Camrbidge, Queen Mary, no Reino Unido, e pelo Institute of High Pressure Physics, na Rússia

O valor agora alcançado – 36 quilómetros por segundo – é aproximadamente duas vezes mais rápido que a velocidade do som no diamante, o material mais resistente do mundo até agora encontrado, escrevem os cientistas no novo estudo, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica Science Advances.

As ondas, sonoras ou de luz, por exemplo, são perturbações que movem a energia de um ponto para o outro, explica a equipa em comunicado citado pela agência Europa Press.

As ondas sonoras podem viajar através de vários meios, como o ar ou a água, e movem-se em velocidades diferentes consoante o meio através do qual se propagam. Movem-se muito mais rápido em sólidos do que em líquidos ou gases.

A teoria da relatividade de Albert Einstein (1879-1955) estabelece o limite de velocidade absoluta em que uma onda pode viajar, que é a velocidade da luz, em cerca de 300.000 quilómetros por segundo. Contudo, não se sabia, até agora, que as ondas sonoras tinham também um limite superior de velocidade ao viajar através de sólidos ou líquidos.

A estudo mostra que a previsão do limite superior da velocidade do som depende de duas constantes fundamentais adimensionais: a constante de estrutura fina, que caracteriza a magnitude da força eletromagnética, e a proporção de massa protão-eletrão.

“As ondas sonoras no sólidos são já muito importantes em vários campos científicos. Os sismólogos usam ondas sonoras iniciadas por terramotos nas profundezas interior da Terra para compreender eventos sísmicos e as propriedades da composição da Terra (…) Estas são também do interesse dos cientistas de materiais porque as ondas sonoras estão associadas a propriedades elásticas importantes, incluindo a capacidade de resistir ao stress”, explicou Chris Pickard, professor de ciência dos materiais em Cambridge.

O físico Kostya Trachenko, da Queen Mary, em Londres, acrescentou, citado pelo portal Science Alert: “Acreditamos que as descobertas deste novo estudo podem ter outras aplicações científicas, ajudando-nos a encontrar e a compreender os limites de diferentes propriedades, como a viscosidade e a condutividade térmica (…), plasma de quark-glúons e até a física dos buracos negros”.

ZAP //

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