Encontradas provas mais antigas de hominídeos na Europa. Têm quase 2 milhões de anos

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ZAP / Dall-E2

Na Roménia, uma equipa de investigadores encontrou provas de que os nossos antepassados já cá andavam há pelo menos 1,95 milhões de anos. Já caçavam e usavam ferramentas.

No sítio arqueológico de Grăunceanu, na Roménia, lugar que remonta ao o Pleistoceno inicial (época geológica que ocorreu aproximadamente entre 2,6 milhões e 11,7 mil anos atrás), uma equipa e investigadores descobriu as provas mais antigas de que há registos da presença de hominídeos na Europa, com pelo menos 1,95 milhões de anos

As descobertas, feitas através de datações de urânio-chumbo (U-Pb), foram descritas num estudo publicado na revista Nature, a 20 de janeiro.

E os hominídeos não estavam sozinhos, tinham até à sua volta muita diversidade, aponta o LBV: mamutes, equídeos, ruminantes, rinocerontes, aves, primatas (inclusive um grande macaco) também povoavam o lugar.

Os ossos estavam muito bem preservados, e 85% deles encontravam-se na fase mais baixa de meteorização.

Os cientistas descobriram ainda que estes nossos antepassados já caçavam e utilizavam ferramentas. Isto porque 1.189 ossos presentes no local apresentam marcas lineares, que um conjunto de análises qualitativas e quantitativas classificaram como feitas por agentes não naturais.

A análise isotópica dos dentes de cavalo foi outra inovação desta investigação, que permitiu aos cientistas perceber que o clima do local era relativamente temperado, com precipitação sazonal forte, invernos húmidos e verões secos, clima este que pode ter favorecido a chegada dos hominídeos à Eurásia mais cedo do que pensávamos.

Até agora, as provas mais antigas que existiam desta presença tinham 1,8 milhões de anos e foram descobertas na Geórgia.

Ainda que esta nova investigação não contenha diretamente fósseis de hominídeos, os dados, escreve-se no artigo, “apontam para uma presença generalizada, embora talvez intermitente, de hominídeos em toda a Eurásia”.

Graças às descobertas, há agora mais caminho desbravado para a compreensão das estratégias de adaptação e das rotas migratórias dos primeiros seres humanos.

ZAP //

1 Comment

  1. Mais um estudo a indicar que a humanidade não teve um “berço único” em África mas que se desenvolveu em vários pontos do globo de forma paralela… Falta só alterar as certezas absolutas dos manuais escolares….

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