Encontrada a múmia mais antiga do Egito — coberta de ouro e a 15 metros de profundidade

Ali Abu Desheesh

Zahi Hawass, famoso arqueólogo egípcio

Aparato levou os investigadores a concluir que, certamente, se tratava de alguém “muito importante” na sociedade de altura.

Uma equipa de escavação fez um conjunto de descobertas inéditas e relativas às quintas e sextas dinastias do Império Antigo egípcio.

Uma delas corresponde a um sarcófago intacto que continha uma múmia coberta de folhas de ouro, num poço com 15 metros na região de Gisr el Mudir, na necrópole de Saqqara, localizada a sul do Cairo, que costumava ser a capital do antigo Egito.

De acordo com a equipa, o sarcófago estava completamente selado com argamassa, tal como os egípcios o haviam deixado há 4300 anos. Os investigadores estimam ainda que esta múmia possa ser a mais antiga e completa encontrada no Egito até agora. Estima-se que a estrutura pese qualquer coisa como 45 toneladas e a tampa cerca de 5.

Este aparato levou os investigadores a concluir que, certamente, se tratava de alguém “muito importante” na sociedade de altura.

Ali Abu Desheesh

Múmia com 4300 anos

O Ministério do Turismo e Antiguidades egípcio divulgou esta quinta-feira a descoberta na sua página oficial no Facebook, onde explicou que se trata de “um grande sarcófago retangular de calcário, pertencente a um homem chamado Heka-Shepes”.

A equipa também encontrou um outro fosso, com cerca de 10 metros, que continha um conjunto de estátuas de madeira e três estátuas de pedra representando uma pessoa chamada Fetek. Ao lado dessas estátuas, foi descoberta uma mesa de oferendas e um sarcófago de pedra que está sem múmia.

O responsável pela equipa de escavação, que trabalha com o Conselho Supremo de Antiguidades, Zahi Hawass referiu que “o sarcófago mais importante pertencia a Khnum-djed-ef, que era um sacerdote no complexo da pirâmide de Unas”, enquanto a segunda mais importante pertencia “a Meri, outro sacerdote do complexo da pirâmide do rei Pepi I, provavelmente chamado Messi, que continha nove belas estátuas”.

De acordo com o investigador principal, o local das escavações poderia incluir a zona de um antigo e grande cemitério.

Entre as estátuas, uma que representa um homem e a sua esposa; enquanto outras correspondem a estátuas de criados e outros indivíduos. No entanto, a expedição não encontrou quaisquer inscrições que pudessem identificar os proprietários destas estátuas.

Além disso, a investigação descobriu inúmeros amuletos, vasos de pedra, ferramentas para a vida quotidiana, estátuas de divindades e cerâmicas.

ZAP // Lusa

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