Enchente em Paredes de Coura para ver Janelle Monáe na primeira noite do festival

Kim Erlandsen, NRK P3 / Flickr

Janelle Monáe

Janelle Monáe

A actuação da norte-americana Janelle Monáe deixou ao rubro a multidão que provocou a primeira enchente no Festival de Paredes de Coura, que arrancou ao final da tarde de quarta-feira.

Bem apoiada por uma dezena de músicos, Janelle Monáe arrebatou as cerca de 20 mil pessoas que assim corresponderam, em número, às expectativas para a 21.ª edição do evento, conquistando espaço no mesmo para propostas funk e soul.

Carregada pelas grandes influências da música que marcou as décadas de 70 e 80, a cantora dos EUA não escondeu a sua inspiração em nomes como Prince ou James Brown, tendo brindado a audiência, com quem manteve intensa interactividade, com versões de “Let’s Go Crazy” e “I Feel Good“, de cada um dos citados, respectivamente.

Mas foi com temas dos seus álbuns “The ArchAndroid” (2010) e “The Electric Lady” (2013) que se deu a conhecer num festival tradicionalmente mais conotado com o rock alternativo, cuja audiência não se coibiu de embarcar nos géneros apresentados, salpicados com algum hip-hop.

O momento de maior comunhão com os espectadores sucedeu aquando do tema que dá título do seu segundo disco e nos dois encores em que se fartou de exigir a participação do público, ora com coreografias, ora com refrões tão cantáveis como dançáveis.

A primeira noite do festival de Paredes de Coura – que desta vez arrancou no palco principal – terminou às primeiras horas de quinta-feira, com a actuação dos britânicos Public Service Broadcasting, feita com base no único álbum editado, em maio de 2013: “Inform – Educate – Entertain”.

Embora mais morno e menos divertido que o espectáculo anterior, a estreia do duo inglês em Portugal foi bem acolhida, não só pela música de J. Willgoose e o baterista Wrigglesworth, mas pela curiosidade no visionamento de documentários televisivos britânicos e holandeses das décadas de 40 e 50, cujos comentários servem a vocalização da música.

O primeiro dia do festival começou com a actuação da portuguesa Capicua, num momento em que se amontoavam à porta do festival alguns milhares de espectadores, enquanto na vila os cafés e restaurantes estavam ainda repletos de “festivaleiros” a adiar a chegada ao recinto, devido à transmissão do jogo de futebol entre os franceses do Lille e o FC Porto, para a Liga dos Campeões.

Seguiram-se os norte-americanos Cage de Elephant, que provocaram os primeiros momentos de entusiasmo de uma plateia que poderá ter batido os recordes, em número de assistência, das noites inaugurais do festival minhoto.

/Lusa

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